Trilhas da Cena

NIXI PAE: ENCANTOS DA NATUREZA

De: Giovanna Aguirre

Direção: Ruth Tapuya e Giovanna Aguirre

Realização: Giovanna Aguirre

Foto: Tayna Uraz
Foto: Tayna Uraz

Mais do que uma apresentação de dança, o espetáculo Nixi Pae: Encantos da Natureza é um sopro de retomada da natureza em meio ao asfalto das metrópoles. A obra mergulha profundamente na cosmo percepção indígena para transformar o palco em um território de memória, resistência e conexão ancestral, convidando o público a redescobrir o espírito da floresta que pulsa nos corpos e na terra.

 

Com uma proposta que une dança, música ao vivo e videoprojeções, Nixi Pae é inspirado na palavra que, para o povo Huni Kuin (Acre e Peru), nomeia a bebida medicinal sagrada conhecida como Ayahuasca e significa o “espírito da floresta” ou “cipó forte”. O nome do espetáculo, que chegou à criadora por meio de uma experiência pessoal de retomada de identidade indígena, é a chave para aprofundar uma discussão vital sobre pertencimento e legado.

 

Para Giovanna Aguirre, a realização do espetáculo é arte e ato político para não esquecer seus ancestrais: “Essa ponte cosmológica que é o eixo central do Nixi Pae, revela que a Floresta está reivindicando sua retomada. Esse sopro me impacta à medida que eu compreendo que eu não deixei de ser floresta, mesmo vivendo na cidade. É, ainda, um chamado para voltarmos a sermos natureza, pisar mais suave na terra, respeitar as outras espécies e manifestações da vida”.

 

O espetáculo questiona o apagamento da história, buscando a reconexão com a ancestralidade que reside em cada indivíduo e território. A bailarina, no papel de corpo-floresta, atua como um portal para a manifestação de forças da natureza, incorporando a jiboia, a onça, os guarás e a energia dos rios e encantados.

 

Luta e memória molduram a performance como um ato de resistência que retoma a memória do povo Tupinambá, os verdadeiros “donos dessa Terra” antes da colonização do território que hoje chamamos de Rio de Janeiro. Um recado político e visual no uso de videoprojeção no corpo da bailarina reforça a mensagem de ativismo e memória, exibindo rostos de lideranças indígenas históricas e assassinadas, e também resgatando a imagem de rios soterrados da cidade, unindo a luta pela vida na floresta e nos centros urbanos.

Serviço

Datas e horários: 07 de novembro de 2025  | sexta-feira, às 19h30

Local: CENTRO CULTURAL DA JUSTIÇA FEDERAL

Endereço: Av. Rio Branco, 241 – Centro, Rio de Janeiro (Rio de Janeiro)

 

Tipo de espetáculo: Pago

Preços: R$40 inteira | R$20 meia

Informações sobre compra ou retirada de ingressos aqui ou na bilheteria

 

Duração: 50 minutos

Classificação indicativa: Livre

Ficha artística e técnica

Idealização e Criação: Giovanna Aguirre

Direção: Ruth Tapuya e Giovanna Aguirre

Bailarina Intérprete: Giovanna Aguirre

Músicos: Márcia Guimarães, Lucas Kariri e Vanessa Machado

Preparação Corporal: Alec Vasconcelos

Iluminação: Lilian da Terra

Paisagem Sonora: Thiago Sobral

Produção: Lisi Potyguara

Produção Executiva: Leandro Pedro

Figurino: Jess Louzada

Assistente de figurino: Tielison

Design: Auá Mendes

Criação de Videomapping: Tais Almeida

Operação de Videomapping: Tais Almeida e Thaina Iná

Motion design: Pedro Brum

Consultoria de Videomapping: Raina VJ

Desenho de som e operação de áudio: Raquel Brandi e Maria Clara Coelho

Social Mídia: Yumo Apurinã

Responsável pelas informações aqui apresentadas: Fernanda Portella

Caso encontre um erro ou divergência de dados, favor entrar em contato enviando mensagem para fernandacportella@gmail.com.

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