Trilhas da Cena

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7 SAMURAIS

Laura Samy (RJ)

Duração: 70 minutos

Estreia: 2022

Atualizada em 27/02/2024

Foto: Renato Mangolin

7 SAMURAIS

Laura Samy (RJ)

Duração: 70 minutos

Estreia: 2022

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Atualizada em 27/02/2024

Foto: Renato Mangolin

Sinopse

O filme Os Sete Samurais, do diretor japonês Akira Kurosawa (1910-1998), foi tomado como inspiração para a criação do espetáculo. Por meio das linguagens da dança, do teatro e do cinema, quatro intérpretes traçam paralelos entre os guerreiros japoneses e os artistas de hoje, aproximando e investigando suas condições para a luta em tempos que parecem refutar suas existências. Em uma composição dramatúrgica repleta de imagens que remetem às batalhas, mas também a afetos e instintos diversos, emerge a dificuldade da sustentação dos corpos, simbolizando o processo lento e frágil da constituição de algo novo.

O espetáculo

O ponto de partida e fio condutor para a criação do espetáculo é o filme japonês Os sete samurais, de Akira Kurosawa. A questão que tomamos como inspiração no filme pode ser formulada da seguinte maneira: Os samurais, já no final da sua era, continuam provando na prática sua efetividade no combate à barbárie. Mas ainda há no mundo condições concretas para que essa presença possa ser valorizada? Aproximamos a figura mítica e histórica dos samurais da figura do artista, que dedica sua vida ao trabalho dialético de sustentação da tradição e da inovação das percepções do mundo. Um outro paralelo que fazemos é a aproximação do treinamento dos samurais com a formação técnica e expressiva que a dança exige de seus trabalhadores – bailarinos e coreógrafos. Cada um dos samurais do filme encarna com mais força uma das qualidades das práticas de um samurai, assim como cada um dos bailarinos personalizará algumas das exigências da dança – a tradição, a inovação, a técnica, a força e a criatividade.

 

A temática abordada – a aproximação da situação dos samurais, empobrecidos no fim de sua era, com grande parte dos artistas fluminenses de hoje – nos coloca as questões: Qual é o espaço social destinado à existência artística? Como é que uma figura culturalmente tão importante parece deixar de ter um papel de valor, no que toca aos investimentos? Como dar continuidade ao treinamento exigido e à dedicação ao desenvolvimento de tantas habilidades físicas e imagéticas? A cada nova empreitada artística, em que o diálogo com o público se concretiza, há a confirmação de que o valor existe.

 

A utilização do filme como base para a dramaturgia da peça serve bem à encenação por que cada uma das facetas exigidas dos artistas pode ser dividida entre os personagens, o que as materializa e as deixa bem delineadas. Cada um dos artistas já as apresenta na própria diversidade que carrega no corpo, o que será aproveitado na elaboração de personagens, em seus modos de movimentação, expressão e interação. Queremos enfatizar a possibilidade de formar um grupo diverso, em que cada um pode ter a liberdade de pertencer a ele a seu modo, tendo respeitada a sua forma de inserção. De onde cada um vem e a história que cada um viveu determinam o modo como existe em coletivo. O coletivo serve justamente para isso, para que o público possa se encontrar com a potência da diversidade.

 

O tema de um grupo de samurais se encontrando para elaborarem uma estratégia de sobrevivência para si e para um povo possibilita que apresentemos ao público uma experiência coletiva baseada na formação de um campo de forças capaz de modificar o social, o que muito nos interessa como artistas e o que muito nos fortalece como cidadãos.

 

O evento como um todo apresenta a responsabilidade do artista quanto ao seu lugar artístico e social. O artista, como o Samurai, serve à cidade e recebe dela o seu reconhecimento. E para além do reconhecimento existe a transformação. Ser capaz de agir efetivamente sensibilizando as pessoas através da dança, da beleza e da transmissão de experiências tão ricas, que cada um carrega em anos de profissão, nos devolve o sentido de nos mantermos artistas, ainda que abalados por inúmeras dificuldades no desenvolvimento deste ofício.

Vídeos

Teaser | MITsp 2024

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Espetáculo na íntegra

Equipe

Concepção e direção: Laura Samy

Dramaturgia: Laura Samy e Renato Linhares

Intérpretes: Eduardo Hermanson, Laura Samy, Raphael Duarte (RPop) e Renann Fontoura

Elenco no processo de criação: Renato Linhares e Werik de Souza (Kikinho)

Iluminação e operação de luz: Tainã Miranda

Operação de Som: Pedro Canales

Trilha sonora original e voz: Sacha Amback e Juliana Amback

Figurino e adereço: Ticiana Passos e Laura Samy

Efeitos especiais: Eduardo Kurt

Assessoria de imprensa: Christovam de Chevalier

Mídias sociais: Ana Righi

Programação visual: Christian Proença

Fotografia: João Penoni

Direção de Produção e Produção Executiva: Gabi Goçalves / Corpo Rastreado

 

Laura Samy

Foto: João Penoni
Foto: João Penoni

Laura Samy é dançarina e coreógrafa. Formada em teoria do teatro pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (Unirio), reside e atua no Rio de Janeiro como artista independente. Colabora continuamente com diversos artistas em projetos de dança, teatro e artes da cena em geral, como Thiago Granato, Renato Linhares, Alice Ripoll, Maria Alice Poppe, Marcela Levi e Miwa Yanagizawa.

 

É idealizadora e produtora da Mostra Caixote, evento independente de dança produzido em parceria com a Escola de Cinema Darcy Ribeiro (2016 e 2019) que, em 2021, foi realizado no Museu de Arte Moderna (MAM/RJ) em formato de festival. Além do espetáculo 7 Samurais, entre as suas criações mais recentes estão as obras O Pássaro e a Enguia, Cravo, Enquanto Borbulha e Identidade

Depoimentos

Outro espetáculo de Laura Samy no Trilhas da Cena

DANÇA MACABRA (2015)

Dança Macabra é uma performance solo criada a partir de reflexões acerca das representações do macabro, da morte e da sobrevivência. Um processo de investigação de diferentes formas de resistência e expressão frente a morte ou à mortificação de algo.

https://trilhasdacena.com.br/danca-macabra

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