Mary Stuart é um drama histórico que retrata a sombria disputa travada entre as rainhas Elizabeth I e Mary Stuart pelo trono da Inglaterra no século 16. Dirigido por Nelson Baskerville, o espetáculo chega ao Rio de Janeiro após sucesso em São Paulo, onde foi assistido por mais de 30 mil espectadores.

A montagem é baseada na adaptação contemporânea de Robert Icke do clássico escrito em 1800 pelo poeta e filósofo alemão Friedrich Schiller, com tradução de Ricardo Lísias. O espetáculo conta as últimas 24 horas de vida de Mary Stuart, presa por 18 anos a mando de Elizabeth I, que teme que a presença da prima escocesa ameace seu trono.

Virginia Cavendish interpreta Mary Stuart, única herdeira legítima do rei Jaime V da Escócia, que assumiu o trono aos seis dias de vida. Ana Cecília Costa/Ana Abbott (alternante) vive Elizabeth I, filha bastarda do rei Henrique VIII, que viveu até os 25 anos presa numa torre por indicação de sua irmã católica Mary I.

A adaptação de Robert Icke resultou numa peça com suspense e ação, uma trama que mistura conspiração, traição e jogos pelo poder, muito semelhante aos tempos atuais. A proposta é fazer com que o texto se comunique de forma contemporânea com o público, de modo que a plateia reconheça as mazelas atuais nessa disputa.

A montagem acontece majoritariamente no palácio de Elizabeth I, revelando uma rainha livre em seu palácio e outra encarcerada no mesmo prédio. Os figurinos não são de época, mas fazem referência ao período histórico. A trilha usa cordas orquestrais, guitarras, bateria e sintetizadores, com sistema surround que amplia a sensação de imersão.