DeNegrir
De: Salasar Junior
Com: Salasar Junior
Direção: Salasar Junior e Fábio França
Realização: DeBonde
O espetáculo DeNegrir chega à cidade do Rio de Janeiro com uma proposta provocadora e urgente: revelar como expressões do nosso vocabulário cotidiano — como “denegrir”, “criado mudo” e “fazer nas coxas” — carregam conotações racistas que atravessam séculos e ainda impactam diretamente a vida da população negra. A montagem circulará por equipamentos culturais entre os dias 22 e 30 de novembro, e convida o público a refletir sobre a linguagem como ferramenta de opressão — e também de resistência.
Idealizado por Salasar Junior em sua estreia como solista, DeNegrir é uma obra multilinguística que une dança, teatro, poesia, videografismo e linguagem de sinais. A estética afro-diaspórica guia a concepção da peça, que se estrutura como um território de denúncia e celebração: denuncia o racismo estrutural presente na língua portuguesa e celebra a memória, os saberes e as tecnologias da ancestralidade negra.
“A provocação começa pelo título. Em muitos dicionários, ‘denegrir’ é associado a algo sujo ou negativo, quando na verdade significa ‘tornar negro’. Isso revela como a sociedade ainda opera com pilares racistas, inclusive na linguagem”, explica Salasar. Para ele, o espetáculo é um grito poético, um ato político e também um gesto de cura.
A montagem se inspira em pensadores como Lélia Gonzalez, Frantz Fanon, Neusa Santos, Gabriel Nascimento e Achille Mbembe, que apontam como a linguagem legitima estruturas racistas e ataca subjetividades. O diretor teatral Fábio França, que também assina a direção, reforça que DeNegrir é um chamado para reconhecer o protagonismo negro na construção do Brasil. “Queremos dizer ao público que ser negro é ser parte fundamental da ciência, da cultura, da política, da arte, da religião e de todos os campos da vida.”
O espetáculo também homenageia nomes fundamentais da arte e da luta negra no Brasil, como Abdias do Nascimento, Zezé Motta, Hilton Cobra, Elisa Lucinda, Grace Passô, Zezé Maria, Evani Tavares de Brito, Onisajé (Lucélia Sérgio) e Márcio Meirelles.
Serviço
Datas e horários: 22 de novembro de 2025 | às 18h
Local: Areninha Cultural Herbert Vianna
Endereço: Penha/Maré, Rio de Janeiro (RJ)
Tipo de espetáculo: Gratuito sem ingresso
Preços: Gratuito
Compra ou retirada de ingressos não necessária
Classificação indicativa: 16 anos
Datas e horários: 28, 29 e 30 de novembro de 2025 | sexta e sábado, às 19h; domingo, às 18h
Local: Teatro Cacilda Becker
Endereço: R. do Catete, 338 – Catete, Rio de Janeiro – RJ, 22220-001
Tipo de espetáculo: Gratuito sem ingresso
Preços: Gratuito
Compra ou retirada de ingressos não necessária
Classificação indicativa: 16 anos
Ficha artística e técnica
Idealização, direção, roteiro, dramaturgia e direção de movimento: Salasar Junior
Direção Teatral: Fábio França
Assistente de direção: Leandro Melo
Videografismo e Produção Audiovisual: Karineli
Figurino: Rona Neves
Cenografia e Cenotécnico: Édson de Lima Miguel
Iluminação: Lilian da Terra
Trilha Sonora: Gian Saru
Preparação Física: Camila Holanda
Criação do Videomapping: Thaina Iná
Operação de Videomapping: Tais Almeida e Thaina Iná
Direção de Produção: Kirce Lima
Produtor Executivo: Ruan Peixoto
Gestão Administrativa: Jacqueline da Silva e Antonia Rodrigues
Fotografia: Amichavy
Consultoria e Capacitação em Libras: Thamires Alves
Articuladora Cultural: Luana Bezerra
Assessoria de Imprensa: Alessandra Costa
Ilustração e Designer: Isabelle Czar
Gerenciamento de Mídias sociais: Wagner Cria
Colaboração artística: Mendi Gouveia, Dandara Patroclo, Luana Bezerra, Tais Almeida e Wagner Cria
Apoios: CEFET, Areninha Cultural Herbert Vianna, Redes da Maré, Teatro Cacilda Becker, Varal da Val, Carvalho JPC Iluminação, Prego E Racha Carpintaria, Marcenaria e Espaço Ginga
Realização: Debonde
Produção: eLabore.Kom
Responsável pelas informações aqui apresentadas: Fernanda Portella
Caso encontre um erro ou divergência de dados, favor entrar em contato enviando mensagem para fernandacportella@gmail.com.
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