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Trilhas da Cena

Absolvição

De Owen O'Neill, tradução de Diego Teza

direção: Daniel Herz

Realização: Andriu Freitas / Pirata Produções

Um homem com barba está parcialmente obscurecido pelo encosto de uma cadeira de madeira com um padrão trançado. Ele está usando uma roupa escura contra um fundo escuro. Foto: Victor Hugo Cecatto
Foto: Victor Hugo Cecatto
Um homem com uma expressão séria está sentado em frente a um fundo escuro. Ele está vestindo uma jaqueta azul escura sobre uma camisa branca e está cercado por cadeiras de madeira. Foto: Victor Hugo Cecatto
Foto: Victor Hugo Cecatto
O monólogo “Absolvição”, com Andriu Freitas e direção de Daniel Herz, traz as confissões de um homem movido por um propósito obsessivo: caçar padres abusadores de crianças e fazer justiça com as próprias mãos. Com um enredo instigante, reviravoltas e revelações, o texto levanta questões profundas sobre ética e justiça, provocando o público a refletir: ele é um anjo vingador em uma missão divina ou simplesmente um assassino?
Na montagem brasileira do texto original do irlandês Owen O’Neill, Andriu Freitas se desdobra entre diferentes facetas de seu personagem, ora movido pela dor e pela memória de traumas passados, ora tomado pelo fervor de sua missão de justiça. O ator acredita que a peça não oferece respostas fáceis. “Pelo contrário, ela instiga o público a pensar sobre as instituições que deveriam nos proteger, sobre a dor que molda nossas escolhas e sobre os limites da ética e da lei”, comenta Andriu. Para desenvolver o texto, o dramaturgo conta que entrevistou vários homens que haviam sido abusados na infância: “Todos se sentiam muito decepcionados, não apenas pela igreja, mas por todas as outras pessoas nas cidades e vilas que sabiam. Então levei isso muito a sério e tentei tornar os assassinatos dos padres o mais plausíveis possível”, conta O’Neill. Apesar de ter escrito há quase 20 anos, o dramaturgo diz que é um problema que não desapareceu. “Toda semana ouço falar de alguma criança que foi abusada”, revela.
“Absolvição” contribui para o debate sobre o tema, contribuindo ao jogar luz sobre os abusadores de crianças e suas redes de proteção. No Brasil, os jornalistas Fábio Gusmão e Giampaolo Braga fizeram um trabalho de reportagem que reuniu 108 casos reais, que foi publicado no livro “Pedofilia na Igreja” (Editora Máquina de Livros, 2023). O resultado do trabalho que durou cerca de três anos é um minucioso retrato da pedofilia na Igreja Católica no Brasil, com membros da igreja acusados, indiciados, denunciados, condenados ou que se tornaram réus por envolvimento em abuso sexual de 148 crianças, adolescentes ou pessoas com deficiência intelectual em 96 cidades de 23 estados.

Serviço

7 a 27 de abril | sextas e sábados às 20h; domingos às 19h
Local: Espaço Abu
Endereço: Nossa Senhora de Copacabana, 249, loja E Copacabana
Cidade: Rio de Janeiro (RJ)
Duração: 60 minutos
Tipo de evento: pago
preço: R$60 (inteira) e R$30 (meia)

ingressos antecipados aqui ou na bilheteria do teatro.

Classificação indicativa: 16

Ficha Técnica e artística

Atuação e Idealização: Andriu Freitas
Texto: Owen O’Neill
Tradução: Diego Teza
Direção: Daniel Herz
Diretora Assistente: Carol Santaroni
Cenário e Figurino: Wanderley Gomes
Iluminação: Aurélio de Simoni
Trilha Sonora: Pedro Araujo
Cenotécnica: Beto de Almeida
Design Gráfico: Luiz Stein
Fotografia: Victor Hugo Cecatto
Operador de luz: Marcelo de Simoni
Operador de som: Daniel Studart
Direção de Produção: Bárbara Montes Claros
Assessoria de Comunicação: Rodolfo Abreu / Interativa Doc
Apresentado por: Pirata Produções

As informações aqui prestadas são de responsabilidade de Rodolfo Abreu (Interativa Doc)
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