Diamba
De: Daniel Paiva
Com: Luis Navarro, Wesley Guimarães, Timm Arif e Danilo Moura
Direção: Renata Carvalho
Realização: Corpo Rastreado
Buscando reconstruir a história da cannabis no Brasil sem estereótipos, o ator Luis Navarro se juntou aos intérpretes Wesley Guimarães, Timm Arif e Danilo Moura e à diretora Renata Carvalho para montar o espetáculo Diamba.
Inspirado na história em quadrinhos documental “Diamba, Histórias do Proibicionismo no Brasil”, de Daniel Paiva, o trabalho fala de forma ética e responsável sobre esse tema. O foco dos artistas foi abordar diversos aspectos da diamba – sinônimo para maconha -, incluindo seus usos medicinais, recreativos e até ritualísticos.
“Durante a leitura, eu já conseguia construir várias cenas na minha cabeça. E, para mim, era importante fazer um espetáculo positivo, sem cenas de pessoas sendo presas e sem nenhum tipo de violência, mesmo que o livro mostrasse como a maconha também está ligada ao racismo estrutural”, conta Renata Carvalho.
A montagem tem início com a chegada da erva no território brasileiro com a população escravizada. “Descobrimos que essa é a planta do Exu, porque ela permite a comunicação entre os dois mundos. E esse talvez seja um dos motivos pelos quais ela é criminalizada”, comenta a diretora.
Outro assunto importante em Diamba é a existência de muitas notícias falsas sobre a cannabis. De acordo com Renata, foi um brasileiro o responsável por transformar a cannabis em algo tão nefasto quanto o ópio ou a cocaína – e isso está diretamente ligado à questão da religiosidade.
Para embalar essa história, a trilha sonora tem um papel fundamental. Danilo Moura fez a direção musical e Zeus assinou a produção musical. As canções são todas originais e algumas foram musicadas a partir dos escritos do quadrinho. “Nós passamos por sonoridades pretas, especialmente as ligadas às religiões de matriz africana, além de afrobeat, jazz, blues, samba, capoeira e conga. Em cena temos tambores, pandeiros e bateria elétrica”, afirma Navarro.
Diamba configura-se como um manifesto antirracista pela legalização da cannabis no Brasil e pelo respeito às liberdades individuais. A montagem reflete sobre os motivos que levaram à proibição de uma planta relevante na história da humanidade, com vários benefícios medicinais comprovados pela ciência.
Nesse processo de debater os preconceitos envolvendo a cannabis, o espetáculo firmou uma parceria com a VerdeVida Associação, uma entidade dedicada a auxiliar pessoas que estejam precisando do óleo medicinal. Quem assistir à peça terá a chance de tirar suas dúvidas com os pesquisadores da instituição.
Serviço
Datas e horários: 27 de outubro a 11 de dezembro de 2025 | segunda a quarta-feira, às 20h; quintas-feiras, dias 20 e 27/11, também às 20h
Local: Sede do Teatro da Vertigem
Endereço: Rua Treze de Maio, 240, 1º andar – Bixiga, São Paulo (SP)
Tipo de espetáculo: Pago
Preços: R$80 inteira | R$40 meia
Compra ou retirada de ingressos aqui ou na bilheteria
Duração: 70 minutos
Classificação indicativa: 16 anos
Ficha artística e técnica
Direção e adaptação: Renata Carvalho
Elenco: Luis Navarro, Wesley Guimarães, Timm Arif e Danilo Moura
Argumento: Luis Navarro
Poesias: Timm Arif
Direção musical: Danilo Moura
Produção musical: Zeus
Percussão: Wesley Guimarães
Preparação corporal: Lisa Gouvea
Produção executiva: Luis Navarro
Vídeo e designer gráfico: Sam Barrionuevo
Engenheiro de som: Marcelino Ziggy
Iluminação: Juliana Augusta Vieira
Video mapping: Ciça Lucchesi
Produção: Corpo Rastreado
Patrocinadores: A Leda e VerdeVida Associação
Apoio: Brasa Editora, Puffiz, Nilton Travesso, Tairu e Nowdays
Assessoria de imprensa: Canal Aberto – Márcia Marques, Daniele Valério e Carina Bordalo
Responsável pelas informações aqui apresentadas: Márcia Marques
Caso encontre um erro ou divergência de dados, favor entrar em contato enviando mensagem para marcia@canalaberto.com.br.
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