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Trilhas da Cena

Fresta, fissura e outras rachaduras - uma obra em processo de sutura

De Murilo Gussi; Tauane Santo Forte

direção: Rodolfo Lima

Realização: GAL (Grupo de Apoio à Loucura)

Homem sentado em uma cama em um quarto pouco iluminado, vestindo uma camiseta preta e shorts pretos. Ele tem uma expressão pensativa, com as mãos gesticulando como se estivesse falando. O ambiente geral é sombrio com iluminação roxa e azul. Foto: Leidiane Bergo
Foto: Leidiane Bergo
Imagem em preto e branco de uma pessoa em pose dramática com as mãos levantadas, olhando para cima. Elas estão vestindo uma camisa escura. Foto: Leidiane Bergo
Foto: Leidiane Bergo
Cruzando as fronteiras entre realidade e ficção, Murilo compartilha histórias íntimas e experiências sexuais e afetivas que foram vividas ou imaginadas por ele e sua personagem. Em uma narrativa forte e intimista, conta de sua relação com a passagem do tempo, violências, uso abusivo de drogas e o sexo. Com destaque também para temáticas urgentes e atuais, em especial: o cuidado de si mesmo, a saúde mental e o fortalecimento de nossas redes dos afetos. Nesse cenário, vamos acompanhar as desventuras de um corpo no mundo em busca de afeto, mas que precisa enfrentar as barreiras que uma sociedade LGBTfóbica cria – e que dificultam o bem viver.
Fresta: “qualquer abertura estreita que permita a passagem de luz e ar”; fissura: “termo que pode se referir a uma rachadura ou ferimento, tanto no osso quanto na pele, pode causar dor e desconforto”; rachar: “abrir, afastando as partes de um todo, abrir fendas, dividir violentamente, lascar, rachadura”. E cura? “Não há conforto na verdade / Dor é tudo que você vai encontrar” é o que dizem os versos traduzidos do hit clássico na voz de George Michael, a canção “Careless Whisper”, que compõe a trilha sonora do espetáculo. Entre a busca pela própria história de sua vida, os abusos, e desafiando o próprio corpo, “Fresta, fissura…” é um espetáculo forte na exposição das dores para que um elo se crie, com o público, nesse caminho de curar-se de diversas dores. Pai, mãe, “boys”, amigues, amigas e amigos estão presentes. Assim, a personagem vai buscar montar as peças de um quebra-cabeça que forma e deforma sua própria história. Ambientado em um “motel barato”, o público experimenta dividir a noite com Murilo para compartilhar desse espetáculo íntimo.
Fundado em 2010 pelo multiartista Murilo Gussi, o GAL (Grupo de Apoio à Loucura) busca aliar à pesquisa teatral, alguns temas considerados urgentes, como a incomunicabilidade e a intolerância com corpos dissidentes. Já participou de festivais como o FIT (São José do Rio Preto, 2014, 2018 e 2023), FRINGE (Curitiba, 2014), Festivale (São José dos Campos, 2013), MIT (Caraguatatuba, 2014), FLIV (Votuporanga, 2016 e 2017), Satyrianas (São Paulo, 2016 e 2023) e o FESTA (Santos, 2020). Compõem o repertório do Grupo, espetáculos híbridos e autorais, com uma pesquisa permanente de linguagens que flertam com a performance, a música, a poesia e com a cultura drag. Destaques para o premiado manifesto musical “PUTO!” (2016), “Cabarexistência” (2017/2023) e “Experiência XSINDZIVXS” (2020), além de três montagens a partir da dramaturgia gay de Tennessee Williams, “CONDENADA!” (2011), “BLANCHE!” (2012) e “Me deixa Ouvir” (2014).

Serviço

4 a 6 de abril | sexta, sábado e domingo às 20h
Endereço: Rua Norival Teixeira Lopes, 592 Morada do Sol
Cidade: São José do Rio Preto (SP)
Duração: 60 minutos
Tipo de evento: gratuito com ingresso
preço: gratuito

ingressos antecipados aqui ou na bilheteria do teatro.

Classificação indicativa: 18

Ficha Técnica e artística

Elaboração do projeto, produção administrativa e dramaturgia: Murilo Gussi
Direção: Rodolfo Lima
Elenco: Murilo Gussi, David Balt, Azulla, E Su Mayê e Cairo do Mato.
Produção geral e Assistência de Direção: Andrea Capelli
Orientação em dramaturgia: Tauane Santo Forte
Iluminação: E Su Mayê
Direção musical e trilha sonora: Cairo do Mato
Cenografia: Leonardo Bauab
Contrarregragem: Azulla
Designer gráfico e visagismo: Deivison Miranda
Assessoria em acessibilidade: Barbara Moura
Comunicação: Felipe Ibrahim
Fotografias: Leidiane Bergo 

As informações aqui prestadas são de responsabilidade de Felipe Ibrahim
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