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Trilhas da Cena

Isabel das santas virgens e sua carta à rainha louca

De Ana Barroso

direção: Fernando Philbert

Realização: Ana barroso/BB Produções Artísticas

Uma mulher com cabelo ruivo está no palco, braços estendidos, vestindo uma blusa branca texturizada e saia bege. O fundo tem painéis de tecido com escritos desfocados. Foto: Nil Caniné
Foto: Nil Caniné
Uma mulher com cabelo ruivo cacheado está deitada em uma mesa de madeira, vestindo uma camisa branca de manga longa. O fundo é escuro com grandes objetos em forma de pergaminho. Foto: Nil Caniné
Foto: Nil Caniné
O texto ficcional conta a história real de uma mulher do final do século XVIII acusada de loucura e rebeldia e enclausurada no convento do Recolhimento da Conceição, em Olinda, Pernambuco. Através de uma carta, ela tenta se comunicar com a Rainha Maria I de Portugal, conhecida como a Rainha Louca, com quem se sente irmanada na opressão pelo mundo dos homens, e de quem espera receber clemência e liberdade.

Isabel das Santas Virgens foi uma menina branca, filha de portugueses pobres recém-chegados ao Brasil para trabalhar num engenho de cana de açúcar no Recôncavo Baiano. Com a perda precoce dos pais, é criada entre a senzala e os aposentos da jovem sinhazinha Blandina, filha única do poderoso Senhor do Engenho. Com o passar dos anos, Blandina e Isabel, já crescidas, se apaixonam pelo mesmo homem, o aventureiro Diogo. A sinhazinha acaba se entregando ao “pecado da carne” e é punida, junto a Isabel, com a clausura num convento. Mais adiante, com a morte de Blandina e já em liberdade, Isabel assume uma identidade masculina para atuar em trabalhos que envolviam a escrita e não eram permitidos às mulheres, e acaba novamente presa.

A personagem é uma heroína feminista: sem recursos ou proteção de quem quer que seja, enfrenta perigos e desafios munida de suas únicas ferramentas: a inteligência e a capacidade de ler e escrever, adquirida durante a convivência na casa grande. Com suas cartas, Isabel expõe, com algum humor e uma boa dose de ironia, o pano de fundo da colonização brasileira e da situação da mulher que ousava desafiar o status quo. Foi subjugada de todas as formas porque ousou ir além do que lhe era permitido. É a história da luta de uma mulher por sua própria sanidade – através das palavras e do exercício de organização mental, é capaz de manter um pouco de si, escrevendo, escrevendo e escrevendo.

Serviço

13/03 até 24/04 | quintas-feiras, às 20h
Local: Teatro Itália
Endereço: Av. Ipiranga 344 – República
Cidade: São Paulo (SP)
Duração: 60 minutos
Tipo de evento: pago
preço: R$ 80,00 (inteira) e R$ 40,00 (meia)

ingressos antecipados aqui ou na bilheteria do teatro.

Classificação indicativa: 12

Ficha Técnica e artística

Direção: Fernando Philbert
Adaptação e atuação: Ana Barroso
Música original: Marcelo Alonso Neves
Cenografia: Natalia Lana
Iluminação: Vilmar Olos
Figurino: Luciana Cardoso
Projeto gráfico: Raquel Alvarenga
Assistência de direção: Renata Guida
Preparação vocal: Angela de Castro/rj e Lilian de Lima/sp
Pintura de arte: Ana Frazão
Cenotécnico: Almir Rocha
Operação de som: Vicente Barroso
Operação de luz: Lucas JP Santos
Fotos: Nil Caniné e Anne Godoneo
Gestão e conteúdo das mídias: Anne Godoneo e Sarah Marques
Assessoria de imprensa e produção executiva: Fabio Camara
Produção local: Lugibi Produções Artísticas

Produção e idealização: Ana barroso/BB Produções Artísticas

As informações aqui prestadas são de responsabilidade de Fabio Camara
Caso encontre um erro ou divergência de dados, favor entrar em contato enviando mensagem para fabio@lugibi.com.br