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Trilhas da Cena

Jacinta - você só morre quando dizem seu nome pela última vez

De Dawton Abranches

direção: Dawton Abranches

Realização: Cia do Pássaro - Voo e Teatro

Um homem e uma mulher dançam próximos em iluminação fraca, vestindo roupas escuras elegantes. Eles estão de mãos dadas com os braços estendidos para frente. Foto: Bob Sousa
Foto: Bob Sousa
Uma pessoa olha atentamente para uma pequena bola de boate segura em suas mãos. A cena é fracamente iluminada com um brilho quente e avermelhado, criando padrões de luz em seu rosto. O fundo é escuro com escrita indistinta na parede. | Foto: Bob Sousa
Foto: Bob Sousa
A peça é baseada no caso real de Jacinta Maria de Santana, mulher negra brasileira que, após sua morte, teve o corpo embalsamado e exposto como curiosidade científica, sendo usado em trotes estudantis por quase trinta anos na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, na cidade de São Paulo. O espetáculo integra o projeto ‘Trilogia do Resgate’, da Companhia do Pássaro, que pretende resgatar do apagamento personalidades históricas com trajetórias emblemáticas no Brasil.
Praticamente anônima até 2021, quando a historiadora Suzane Jardim redescobriu seu caso em um jornal de 1929, Jacinta morreu após passar mal nas ruas da capital paulista. Encaminhada à Santa Casa, não resistiu e foi entregue ao professor Amâncio de Carvalho, da USP, que a usou para experimentos de embalsamamento. Seu corpo permaneceu em exposição e foi ultrajado sendo utilizado até mesmo em trotes universitários, enquanto Amâncio teve seu nome eternizado em uma rua da Vila Mariana, bairro majoritariamente branco da cidade. Jacinta só foi enterrada após a morte do médico.
No palco, Gislaine Nascimento e Alessandro Marba dão vida à história, acompanhados pela musicista Camila Silva, que executa a trilha sonora ao vivo no cavaquinho e na cuíca, evocando o universo do samba. Jacinta é o segundo ato da Trilogia do Resgate, iniciativa da Cia do Pássaro que busca recuperar da invisibilidade figuras negras marcantes na história brasileira. O projeto teve início em 2016 com Baquaqua – Documento Dramático Extraordinário, que narra a trajetória de Mahommah Baquaqua, africano escravizado que passou pelo Brasil no século 19.

Serviço

13 de março a 06 de abril | quinta a domingo, às 19h
Local: Sesc Copacabana (Sala Multiuso)
Endereço: Rua Domingos Ferreira, 160 Copacabana
Cidade: Rio de Janeiro (RJ)
Duração: 90 minutos
Tipo de evento: pago
preço: R$10 (credencial plena Sesc), R$ 15 (meia-entrada), R$ 30 (inteira)
ingressos na bilheteria de terça a sexta – de 9h às 20h; sábados, domingos e feriados – das 14h às 20h
Classificação indicativa: 18

Ficha Técnica e artística

Idealização: Cia do Pássaro – Voo e Teatro
Produção: Plataforma – Estúdio de Produção Cultural
Texto e Direção: Dawton Abranches
Elenco: Gislaine Nascimento e Alessandro Marba
Musicista: Camila Silva
Direção de Produção: Fernando Gimenes e Plataforma – Estúdio de Produção Cultural
Produção Executiva: Alessandro Marba
Assistente de Produção: Carol Gracindo
Assistente de Produção e Contrarregra: Irlley de Mello
Interpretação e Tradução em Libras: Gabi Martins e Sina – Acessibilidade
Direção de Movimento: Verônica Santos
Direção Musical: Alexandre Guilherme
Preparação Vocal: Fabrício Zava
Concepção de Cenário: Pedro de Alcântara e Dawton Abranches
Concepção de Figurinos: Pedro de Alcântara e Érika Bordin
Concepção de Iluminação: Alice Nascimento
Operação de Luz: Rebeka Teixeira
Montagem de Luz: Carol Gracindo
Operação de Som: Dawton Abranches
Costureira: Érika Bordin
Percussionista Convidado Gravação: Julio Cesar
Fotos: Bob Sousa
Identidade Visual e Designer Gráfico: Murilo Thaveira
Assessoria de Imprensa: Lyvia Rodrigues | Aquela Que Divulga

As informações aqui prestadas são de responsabilidade de Lyvia Rodrigues
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