Em Não Tem Meu Nome, o público é recebido pelo ator e personagem que se fundem na narrativa. A partir de relatos de sua vivência como pessoa periférica na infância e adolescência, o performer apresenta uma dramaturgia que mistura ficção com elementos e fatos reais, trazendo questões como o silenciamento de comunidades subalternizadas por uma visão particular de mundo que mascara a violência, desprezo e crueldade por meio de uma ideia falsa de visão universal.

O ator solitário no palco utiliza-se de elementos narrativos para contar relatos que propõem uma reflexão urgente a respeito das relações sociais e, sobretudo, humanas. O espetáculo questiona estruturas de poder e invisibilidade social, dando voz a experiências marginalizadas e promovendo um diálogo necessário sobre desigualdades e preconceitos.

Colocadas todas as reflexões, ao fim, em um depoimento pessoal, revela-se a sua principal necessidade de criação desta obra. O monólogo se constrói como um ato de resistência e afirmação identitária, onde a arte se torna instrumento de denúncia e transformação social.