O Toró
Trupe de Teatro e Pesquisa | Direção: Yuri Simon
Em celebração de seus 30 anos, a premiada Trupe de Teatro e Pesquisa, em parceria com a Cia da Farsa e com o apoio da Escola de Design – UEMG, apresenta a comédia “O Toró”, uma tradução inédita e direta do original The Tempest uma comédia de William Shakespeare para as expressões e melodias do “mineirês”. A décima montagem do coletivo de artistas aproxima as entidades fantásticas da natureza, presentes na obra do bardo, da cultura e do imaginário do sertão brasileiro, também povoado por lendas com seres mágicos.
Inspirados nesse caráter popular da obra, a Trupe de Teatro e Pesquisa se dedicou, durante seis meses na tradução de The Tempest para o português falado em Minas Gerais. Simon conta que foi um desafio, mesmo para ele que já havia vivenciado processos de trabalho semelhantes com outros grupos, como na experiência de traduzir Moliére (O Avarento – Avarento) e Maquiavel (A Mandrágora – A Mandioca Brava) para o mineirês. “É importante adaptar, porque algumas expressões em outras línguas não têm o menor sentido na nossa cultura”.
A tradução foi feita há muitas mãos, um trabalho colaborativo. “Em nossa equipe temos professores, escritores, pesquisadores de teatro, e uma gama imensa de artistas, de várias áreas do conhecimento”, conta. Mesmo com a versão em mineirês, o texto de Shakespeare foi mantido quase na íntegra, apenas alguns excessos, repetições e personagens secundários sofreram adaptação. Para se aproximarem das expressões idiomáticas, bem particulares de Minas, leram Guimarães Rosa e outros autores mineiros.
Escrita entre 1610 e 1611 e publicada após a morte de Shakespeare, acredita-se que The Tempest seja a última peça do bardo. Na trama original, uma Ilha é habitada por Próspero, Duque de Milão, mago de amplos poderes, e sua filha Miranda, que para lá foram levados à força num ato de traição política. Próspero tem a seu serviço Calibã, homem adulto e disforme (nascido naquelas terras, mas filho de uma feiticeira estrangeira que dominou a região), e Ariel, um espírito servil que pode se metamorfosear em ar, água ou fogo. Os poderes mágicos eruditos e mágicos de Próspero são os responsáveis por várias reviravoltas na trama, inclusive o grande naufrágio que dá origem à história.
Além do acento mineiro, o texto também ganhou traços da paisagem e da cultura sertaneja. “Em nossa versão, estamos às margens do grande rio São Francisco, numa terra perdida no sertão mineiro, o que torna o protagonista, Próspero, um homem de terras. E, portanto, achamos que Coronel cairia melhor ao personagem do que um título de Duque”.
Serviço
• 18 de janeiro | sábado, às 20h
Grande Teatro Sesc Palladium
Rua Rio de Janeiro, 1046 – Centro
• 15 de fevereiro | sábado, às 20h
Teatro Raul Belém Machado
Rua Leonil Prata, s/n – Bairro Alípio de Melo
Cidade: Belo Horizonte (MG)
Duração: 110 minutos
Tipo de evento: pago
Ingressos antecipados aqui.
Classificação indicativa: 12
Ficha Técnica
Direção: Yuri Simon
Elenco: Alexandre Toledo – Coronel Próspero (expulso de suas terras), Sidnéia Simões – Miranda (filha de Próspero), Marcus Labatti – Antônio (usurpador – irmão de Próspero), Jader Corrêa – Coronel Alonso (grande proprietário de terras), Simone Caldas – Dona Sebastiana (irmã de Alonso), Eder Reis – Ferdinando (filho de Alonso), Alice Maria – Dona Gonçala (conselheira de Alonso), Edu Costa – Estéfano (barqueiro bêbado), Roberto Polido – Trínculo (barqueiro bobo), Elton Monteiro – Ariel (espírito do ar e das águas), Alex Zanonn – Calibam (filho órfão de uma feiticeira)
Direção Musical e arranjos: Fernando Chagas
Cenário: Yuri Simon
Figurinos: Estudantes de Figurino da Escola de Design – UEMG
Orientação de figurino, acabamentos e maquiagem: Alexandre Colla
Iluminação: Tainá Rosa
Preparação corporal: Iolene Di Stéfano
Preparação vocal: Alice Maria
Consultoria em percussão: Tininho Silva
Ilustrações: Leonardo Martinianno
Animações: Pedro Mattos
Design gráfico: Alex Zanonn
Fotografias e vídeos de cena: Igor Cerqueira
Produção: Alexandre Toledo e Yuri Simon
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