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Trilhas da Cena

(UM) ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA

De Rodrigo Portella

direção: Rodrigo Portella

Um grupo de pessoas está em fila, com uma pessoa agachada entre elas, olhando para a câmera. Apenas as pernas e a parte inferior do corpo são visíveis, exceto o rosto da pessoa agachada. Foto: Igor Cerqueira e Mateus Lustosa
Foto: Igor Cerqueira e Mateus Lustosa
Um grupo de pessoas em fila, com os braços abaixados, voltadas para a mesma direção. Uma única pessoa tem o rosto visível. Ela está com o corpo inclinado, puxando a calça para cima. Foto: Igor Cerqueira e Mateus Lustosa
Foto: Igor Cerqueira e Mateus Lustosa
O espetáculo contará com o “Ingresso Experiência”, categoria na qual o público poderá vivenciar a peça em uma experiência imersiva e sensorial no palco, guiada pelo elenco. Pessoas maiores de 18 anos poderão participar, aceitando as condições informadas no Sympla. Contada por meio da prosa ensaística de Saramago, a história sobre a “cegueira branca” que se espalha em diversas partes do mundo não é apenas uma meditação sobre a perda e a fragilidade humanas, mas, também, uma potente alegoria acerca dos frágeis limites éticos que nos separam da barbárie. “A obra revela o modo como, em um mundo despojado das aparências, enxergamos, realmente, quem somos e o que, em essência, significa ser humano”, destaca Rodrigo Portella, diretor do espetáculo, para quem a narrativa do grande escritor português se revela repleta de paralelismos: “A cegueira pode ser uma metáfora da perda de sentido e do senso de humanidade, assim como de nossa capacidade de enxergar além do que se vê”.
Eduardo Moreira, um dos fundadores do Galpão, destaca a busca por um teatro em constante construção, onde atores formuladores criam uma dialética entre narrativa e drama, enquanto Portella interpreta a “cegueira branca” como símbolo do consumismo e da incapacidade de enxergar as mazelas sociais. Com direção musical de Federico Puppi, que cria uma trilha em diálogo com a identidade do grupo, o espetáculo convida o público a refletir sobre a cegueira moral diante de crises globais, encapsulando a atualidade da obra de Saramago em uma encenação que, nas palavras do autor, contém “o mundo inteiro”.
O Grupo Galpão, de Belo Horizonte (MG), é uma das companhias teatrais mais conhecidas do Brasil, tanto por seus 43 anos de atividade contínua quanto por sua pesquisa de linguagem. Criado por cinco atores, em 1982, a partir do espetáculo “A alma boa de Setsuan”, montagem conduzida por diretores do “Teatro Livre de Munique”, da Alemanha, o Galpão se valeu dessa rica experiência para se lançar numa proposta de construção de um teatro de grupo, com raízes ligadas à tradição do teatro popular e de rua. Fazem parte do Galpão Antonio Edson, Arildo de Barros, Beto Franco, Chico Pelúcio, Eduardo Moreira, Fernanda Vianna, Inês Peixoto, Júlio Maciel, Lydia Del Picchia, Paulo André, Simone Ordones e Teuda Bara. Ao montar espetáculos com diferentes diretores convidados – como Gabriel Villela, Cacá Carvalho, Paulo José, Yara de Novaes e Marcio Abreu, além dos próprios integrantes, que também dirigem espetáculos do Grupo –, o Galpão desenvolve um teatro que alia rigor e investigação de linguagens, com um repertório com grande poder de comunicação com o público. Seus trabalhos dialogam com o popular e o erudito, a tradição e a contemporaneidade, o teatro de rua e o palco, o universal e o regional brasileiro.

Serviço

30 de abril a 1 de junho | quarta a sábado, às 20h; domingo, às 19h
Local: Galpão Cine Horto
Endereço: Rua Pitangui, 3613 – Horto
Cidade: Belo Horizonte (MG)
Duração: 140 minutos
Tipo de evento: pago
preço: de R$17 a R$80

ingressos antecipados aqui ou na bilheteria do teatro.

Classificação indicativa: 16

Ficha Técnica e artística

Elenco: Antonio Edson, Eduardo Moreira, Fernanda Vianna, Inês Peixoto, Júlio Maciel, Luiz Rocha, Lydia Del Picchia, Paulo André e Simone Ordones
Direção e Dramaturgia: Rodrigo Portella
Diretores Assistentes: Georgina Vila Bruch e Paulo André
Direção musical, trilha original e paisagem sonora: Federico Puppi
Cenografia: Marcelo Alvarenga (Play Arquitetura)
Figurino: Gilma Oliveira
Interlocução Dramatúrgica: Bianca Ramoneda
Iluminação: Rodrigo Marçal e Rodrigo Portella
Adereços: Rai Bento
Visagismo: Gabriela Dominguez
Desenho sonoro, programação e mixagem: Fábio Santos
Assistência de direção: Zezinho Mancini
Assistência de figurino: Caroline Manso
Assistência de cenografia: Vinícius Bicalho
Construção cenário: Artes Cênica Produções
Costuras: Danny Maia
Fotos: Igor Cerqueira e Mateus Lustosa
Registro e cobertura audiovisual: Luiz Felipe Fernandes
Projeto gráfico: Filipe Lampejo e Rita Davis
Consultoria de Acessibilidade: Oscar Capucho
Operação de luz: Rodrigo Marçal
Operação de som: Fábio Santos
Técnico de palco: William Bililiu
Assistente técnico: William Teles
Assistente de produção: Zazá Cypriano
Produção Executiva: Beatriz Radicchi
Direção de Produção: Gilma Oliveira
Produção: Grupo Galpão

As informações aqui prestadas são de responsabilidade de Polliane Eliziário
Caso encontre um erro ou divergência de dados, favor entrar em contato enviando mensagem para comunicacao@grupogalpao.com.br