Trilhas da Cena

Três idosos negros estão sentados e em pé em um local pouco iluminado. Uma pessoa segura uma câmera, outra está sentada de braços cruzados e uma terceira sorri. Uma pequena mesa com um jarro de vidro e uma garrafa está no centro. no canto direito da foto é possível ver uma quarta pessoa de costas, desfocada, que parece ter características semelhantes e estar olhando para os outros três. A logo do projeto O teatro e a democracia brasileira aparece acima à esquerda. Foto: Noelia Nájera

Bom dia, Eternidade

Quatro irmãos idosos que sofreram um despejo quando crianças recebem a restituição do terreno após quase 60 anos e se encontram para decidir o que fazer. O tempo se embaralha em um jogo de cortinas e um mosaico de histórias reais e ficcionais é costurado no quintal da antiga casa acompanhado de um bom café e de um velho samba. Em cena, uma banda de quatro músicos, cada qual com mais de sessenta anos, em um jogo friccional com as narrativas dos atores/atriz d`O Bonde. Um espetáculo que descortina a realidade do passado olhando para o presente.

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Um homem sem camisa com músculos tonificados está em pé sob iluminação quente e suave em tronco. Ele se encontra de costas, com uma mão tocando a testa. A cena é pouco iluminada, contra um fundo escuro. Foto: Guto Muniz

Arqueologias do Futuro

ARQUEOLOGIAS DO FUTURO é uma performance-depoimento a partir de memórias – vividas e inventadas – da vida do performer Mauricio Lima no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, acompanhado de mais 30 vozes, se perguntando: o que o corpo fala? Quais corpos são vistos e ouvidos? Quem tem direito de narrar suas próprias histórias? Uma navalha, o Menino Amarelinho, as rotas de fuga, o Homem-bola e o corpo-museu são os “artefatos” recolhidos nessa arqueologia, formando um mosaico imagético-sonoro, político-poético, sampleando ficção e documento, apontando as potências de vida e o futuro, não o que há de vir, mas o que já é, de corpos vivos e em movimento.

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Homem Cavalo e Sociedade Anônima

O espetáculo apresenta um cruzamento de situações sobre trabalho, moradia e consumo, costurado pela fábula de um homem animalizado e explorado em seus esforços por sobrevivência, como metáfora das impossibilidades, ilusões e contradições estampadas em nosso cotidiano. A obra materializa com fragmentos de poesia áspera a velha exploração do homem pelo homem. A obra épica conjuga a narrativa fabular com recortes de cenas, muitas vezes independentes, com tênue ligação temática e que, na somatória, despejam sobre nossas cabeças uma contumaz análise do capitalismo. É, entre outras, a fábula de um homem que puxa seu patrão acomodado sobre uma carroça. O “jovem trabalhador” (nome do personagem).

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Uma mulher está de costas para a câmera, envolta em uma bandeira brasileira. Ela está de frente para uma parede texturizada com persianas de madeira fechadas, em um espaço com tinta descascada e tijolos aparentes e ásperos. No canto superior esquerdo da imagem está a logo do projeto O teatro e a democracia brasileira. Foto: Adriana Marchiori

Terra adorada

Um espetáculo sobre nós, dirigido a nós, os brasileiros que não se consideram índios. Entrelaçando narrativas vivenciadas em terras indígenas Kanhgág e Mbyá Guarani, notícias jornalísticas, dados históricos, palavras de pensadores indígenas contemporâneos, além de memórias sobre sua origem indígena, Ana Luiza da Silva apresenta um olhar crítico sobre esse Brasil parido à força, inventado a partir das dores de mulheres pegas no laço. Um espetáculo sobre um país que “vai pra frente”…

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Representação artística de um bebê deitado de costas, estendendo os braços em direção a um tamborete.. O fundo apresenta formas abstratas em tons quentes, criando uma atmosfera texturizada e onírica. No canto inferior direito, sobreposta à imagem, está a logo do projeto "O teatro e a democracia brasileira". Arte: Manu Militão

Uma boneca no lixo

O espetáculo é um monólogo musical que discute a temática da “diferença” num país multicultural. É a estória de um bebê negro encontrado por uma enfermeira japonesa numa lata de lixo, na periferia da Grande São Paulo. A partir daí, vários personagens buscam soluções diante do conflito gerado pelas diferenças. O texto é pontuado por músicas executadas pelo grupo de percussão Asé-Dudú.

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Três mulheres com roupas coloridas se inclinam com seus corpos sobre cadeiras. A cena externa na grama seca e algumas plantas é emoldurada por ruínas. Foto: Pedro Isaías Lucas

Viúvas: performance-sobre-a-ausência

Viúvas: Performance sobre a ausência é uma peça em defesa da memória dos mortos desaparecidos na América Latina durante o período ditatorial.  No espetáculo, uma anciã, símbolo da memória e resistência, não desiste de reivindicar o conhecimento do destino de seus mortos: pai, marido e filhos estão desaparecidos. Sozinha com os netos, ela se contrapõe à atitude de outras mulheres, que se adequaram à situação com a qual ela não pode se conformar.

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Um homem negro com barba segura uma lanterna, iluminando seu rosto e parte superior do corpo na escuridão. Ele está vestindo uma camisa de cor clara com pequenos rasgos, e aponta para a distância com a outra mão. Foto: Rodrigo Sambaqui

5 minutos

Um homem preso há 50 anos. Manuel. Operário. Poderia ser Manoel Fiel Filho, militante de base do PCB morto pela ditadura brasileira. Ou outro Manuel, chileno, personagem ficcional da canção de Victor Jara, Te recuerdo Amanda, sobre o amor de Amanda e Manuel. O preso registra os dias e tenta se lembrar do que passou. É atravessado por suas memórias, nossa história desconhecida. Uma voz que busca ser ouvida e repercute nas ruas ainda hoje.

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Um homem de camisa bege gesticula expressivamente no palco, com duas mulheres de pé ao fundo, sob iluminação fraca. Foto: Renato Mangolin

Língua

Uma mãe prepara a festa de aniversário para seu filho, um taxista surdo que cresceu rodeado de ouvintes. O encontro, que reúne um pequeno grupo de amigos do rapaz, revela os afetos, mas também os dilemas e a diferença cultural entre eles. Além disso, convida-nos a perceber como lidamos com a distância entre aquilo que se sente e a tentativa de dizê-lo.

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LOVlovlov – peça única dividida em cinco choques

LOVLOVLOV – peça única dividida em cinco choques, partiu de um estudo minucioso da vida e das cartas de amor de Carmen Miranda. No Museu de Cera dos Carnes (a vitrine), dois atores, Carne 1 e Carne 2 (duas vozes para uma mesma figura), estão constantemente expostos. As duas figuras mergulham numa viagem humana e pessoal: sofrem por um amor não correspondido e transitam por diversas paisagens e patologias da paixão. Ainda há o fio do amor na confinação a que nos reduz o mundo atual, paradoxalmente globalizado? Ainda é possível sentir por conta própria? Manipulados, esquecidos, explorados, expostos, os Carnes esperam uma resposta. LOVLOVLOV é uma peça de amor e terror.

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Breves palavras, línguas e outras vozes

O monólogo “Breves palavras línguas e outras vozes”. interpretado pelo ator Eduardo Giacomini, leva à cena o personagem “Infelicíssimo”, um homem de meia idade, com uma história marcada pelo abandono e que, durante uma crise existencial e com medo da morte, marca um encontro com figuras que estiveram sempre ao seu lado, para uma despedida e um acerto de contas. Dessa forma, sentimentos como a Dor; a Fúria; a Tristeza; e ainda, a Morte e a Memória aparecem como testemunhas de uma vida de solidão, pobreza e incomunicabilidade.

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