O LIVRO DE JÓ
Teatro da Vertigem (SP)
Direção: Antônio Araújo
Estreia: 1995
Duração: 80 min
Atualizada em 13/02/2025
Sinopse
O Livro de Jó foi desenvolvido com a perspectiva de aprofundar elementos vivenciados anteriormente e trazer ao núcleo do Teatro da Vertigem novas diretrizes. Mantendo um processo a partir dos depoimentos pessoais dos atores, o universo temático sofreu uma verticalização nesta montagem. Porém, dessa vez, colocou-se frente a uma dramaturgia mais formalizada trazendo para o grupo o universo da palavra. Se anteriormente a linguagem gestual era a principal expressão das reflexões e vivências do grupo, a partir de então, a palavra começou a entrar no campo das preocupações; a exploração do movimento coral abriu espaço para a construção de personagens; as experimentações corporais sobre as leis da física buscaram transformar-se em treinamentos dos estados internos do ator. Algumas questões se colocaram diante do grupo repentinamente. E essas questões, na medida em que foi difícil manter-se alheios a elas ou resolvê-las numa esfera estritamente individual, acabaram por se tornar o motor da criação artística.Foi a partir destas constatações/inquietações que surgiu a ideia de encenar este texto bíblico num hospital. Espaço por excelência do “pathos”, do sofrimento, da iminência da morte, ele é uma espécie de lugar-tabu, de lugar-purgatório. Ali foi confinada a morte, o enfrentamento da morte, e a constatação inapelável da vulnerabilidade e fragilidade humanas.
Texto adaptado do original presente no site do Teatro da Vertigem.
Equipe
Dramaturgia: Luís Alberto de Abreu
ELENCO:
Daniella Nefussi – Mulher de Jó (1995)
Joelson Medeiros – Sofar (1997-2006)
Lismara Oliveira – Coro (1995-6)
Luciana Schwinden – Mulher de Jó (1998)
Marcos Lobo – Sofar (1996-6)
Mariana Lima – Mulher de Jó (1995-7)
Marília de Santis – Sofar (2008)
Matheus Nachtergaele – Jó (1995-7)
Miriam Rinaldi – Elifaz
Roberto Audio – Jó (1998)
Sergio Siviero – Mestre, Eliú
Siomara Schröder – Sofar (1995-6)
Suia Legaspe – Coro (1996)
Vanderlei Bernardino – Contramestre, Baldad
MÚSICOS:
Alexandre Galdino/José Eduardo Areias (voz)
Camila Lordy (teclado/voz)
Flávia Maria (voz)
Giovanna Sanches/Rita Carvalho (voz)
Miriam Cápua/Roseli Câmara – percussão/voz
Participaram também da temporada desse espetáculo os músicos:
Adriana Pastorello (voz)
Fabiana Lian (voz)
Magna Pucci (teclado)
Regina Leite (voz)
Composição e direção musical: Laércio Resende
Figurinos e visagismo: Fábio Namatame
Desenho de luz: Guilherme Bonfanti
Direção de arte: Marcos Pedroso
Desenho de som: Kako Guirado – Usina Sonora
Coordenação teórica: Ivan Marques
Design gráfico (programa e cartaz): Jimmy Leroy (1995), Burritos do Brasil (1995) e
Luciana Facchini (2002)
Fotografia: Eduardo Knapp (1995), Claudia Calabi (2002), Edouard Fraipont (2002), Lenise Pinheiro (2002)
Assistentes de direção: Marcos Lobo (1995) e Eliana Monteiro (2002)
Direção de cena: Eliana Monteiro (2002)
Assistente de iluminação: Joyce Drummond (1995) e Camilo Bonfanti (2002)
Assistente de cenografia: Sergio Siviero (1995) e Vinícius Simões (2002)
Estagiários de figurino: Eduardo Oliveira, Stella Bierrenbach e Tina Krug
Confecção dos figurinos: Maison Lucy França
Montagem de luz e cenografia: Agostinho, André Vinicius, Eduardo Justus, Marcos Franja, Nelson Ferreira e Sidnei Rosa
Consultoria técnica em engenharia de segurança: Marcos Ávila
Operação de luz: Marcos Franja (1995-8), Marisa Bentivegna (1996), Fabio Retti (1996)’Joelson Medeiros (1996) e Camilo Bonfanti (2002)
Operação de som: Giovanna Sanches (1995), Rita Carvalho (1995) e Cláudio Gutierrez (2002)
Contra regra: Zan Martins (2002)
Bilheteria: Cláudia Veloso
Limpeza e zeladoria: Seu José
Assessoria de imprensa: Canal Aberto – Márcia Marques
Administração e gerência de produção: Orlando Brandão (1995), João Federici (2002) e Henrique Mariano – H2E Produções (2008)
Produção executiva: Anna Leonor Silva Costa (1995), Noêmia Duarte (1995) e Janaína Assis (2008)
Assistente de produção: Ricardo Resende (1995)
Direção de produção: Marcos Moraes (1995 – 2001), João Federicci (2002) e Henrique Mariano (2008)
Concepção e direção geral: Antônio Araújo
O Livro de Jó foi desenvolvido preliminarmente em parceria do dramaturgo com o diretor durante o ano de 1993, e com a participação de todo o grupo de janeiro de 1994 a fevereiro de 1995.
Esse espetáculo estreou em 9 de fevereiro de 1995 no Hospital Humberto I, em São Paulo.
Este vídeo tem restrições de exibição e só poderá ser assistido diretamente no Youtube. Para isso, clique na imagem ao lado ou no link a seguir:
https://www.youtube.com/watch?v=69zPy8RObBU
Leituras relacionadas
Comemorando os dez anos de existência de um dos mais relevantes grupos teatrais do nosso país, o livro Teatro da Vertigem – TRILOGIA BÍBLICA traz o texto integral dos espetáculos O Paraíso Perdido (1992), O Livro de Jó (1995) e Apocalipse 1:11 (2000), acompanhado de ensaios, depoimentos e uma seleção de críticas publicadas no Brasil e no exterior, mais dezenas de fotos, cronologia e bibliografia do Teatro da Vertigem.
Publifolha
Ano: 2002
Comemorando 25 anos do grupo, a Editora Cobogó lança o livro Teatro da Vertigem que reúne textos de críticos, dramaturgos e pensadores que refletem sobre os modos e meios de criação do grupo. Ao longo do seu marcante percurso artístico, híbrido de linguagens, entre elas, o site specific e a performance urbana, o grupo liderado por Antônio Araújo abriu espaço em suas criações colaborativas para as possibilidades cênicas e dramatúrgicas em diferentes locações da cidade.
Livro finalista do 61º Prêmio Jabuti (2019) na categoria Projeto gráfico (Responsável: Luciana Facchini).
Editora Cobogó
Ano: 2018
https://www.cobogo.com.br/produto/teatro-da-vertigem-teatro-de-vertigem-613
O Livro de Jó revela o peso da crença
18.2.1995 | por Valmir Santos
(,…) Ritualização do espaço cênico é uma das características marcantes do Teatro da Vertigem. Na peça anterior, a primeira do grupo, o périplo do Anjo Caído trazia imagens fortes.
Agora, os três andares do pavilhão do Hospital Umberto Primo, na região da avenida Paulista, foram reinventados como labirinto onde o público acompanha as cenas. A iluminação de Guilherme Bonfanti e a cenografia de Marcelo Pedroso e o próprio Araújo dão a perspectiva onírica – ou melhor, de pesadelo. (…)
Leia todo o texto clicando aqui.
Outros espetáculos do Teatro da Vertigem
PARAÍSO PERDIDO (1992)
Com este espetáculo a companhia procurou tratar de algumas das mais recorrentes questões metafísicas: a perda do paraíso, sua nostalgia e a consequente busca de um religamento original. Para tanto se inspirou desde os relatos mesopotâmicos da criação, o gênesis bíblico e os textos apócrifos dos livros de Adão e Eva até a obra de John Milton, “O Paraíso Perdido”, poema responsável pela origem e articulação deste projeto. O Vertigem entende que o mito da queda pode ser associado aos sentimentos contemporâneos de decadência e de nostalgia de um padrão superior de existência. Ele retrata a perda da proximidade às origens da natureza humana e o abandono de um contato ideal com o plano divino.
https://trilhasdacena.com.br/paraiso-perdido/
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