PARAÍSO Perdido
Teatro da Vertigem (SP)
Direção: Antônio Araújo
Estreia: 1992
Duração: 50 min
Atualizada em 11/08/2024
Sinopse
Com este espetáculo a companhia procurou tratar de algumas das mais recorrentes questões metafísicas: a perda do paraíso, sua nostalgia e a consequente busca de um religamento original. Para tanto se inspirou desde os relatos mesopotâmicos da criação, o gênesis bíblico e os textos apócrifos dos livros de Adão e Eva até a obra de John Milton, “O Paraíso Perdido”, poema responsável pela origem e articulação deste projeto. O Vertigem entende que o mito da queda pode ser associado aos sentimentos contemporâneos de decadência e de nostalgia de um padrão superior de existência. Ele retrata a perda da proximidade às origens da natureza humana e o abandono de um contato ideal com o plano divino. Se a separação inicial é um dado inescapável e instituidor da condição humana, por outro lado somos portadores de uma nostalgia intrínseca e difusa de uma Idade de Ouro, cujo efeito sentimos sob os nomes de melancolia, angústia ou na ansiedade quanto ao modo como vivemos hoje: distanciados de nós mesmos. Na tentativa de configurar esse ancestral, essa memória da origem, a companhia lançou mão do universo da infância. Porém com a perspectiva de dar-lhe um tratamento não individual, histórico e psicológico, mas sim mítico e metafórico. É a infância do Homem e não de um homem específico o que lhes interessa.
Equipe
Roteirização: Antônio Araújo e Sérgio de Carvalho
ELENCO:
Cristina Lozano (1992) Daniella Nefussi (1992) Eliana César (1992) Evandro Amorim (1992) Johana Albuquerque (1992) Luciana Schwinden (2002) Lucienne Guedes (1992) Luís Miranda (2002) Marcos Lobo (1992) Marta Franco (1992) Matheus Nachtergaele (1992) Mika Winiavier (2002) Miriam Rinaldi (2002) Ricardo Iazetta (2003) Roberto Audio (2002) Sérgio Mastropasqua (1992) Sérgio Siviero (2002) Vanderlei Bernardino (1992)
Músicos Alexandre Galdino – voz (2002) Atílio Marsiglia – violino (1992 – 2002) Camila Lordy – teclado e voz (2002) Eduardo Areias – voz (2002) Fabiana Lian – voz (1992) Flávia Maria – voz (2002) Giovanna Sanches – voz (2002) Isaías Cruz – violino (1992) Laércio Resende – órgão (1992) Magda Pucci/Marcos A. Boaventura – percussão (1992) Marta Franco – voz (1992) Miguel Barella – guitarra (1992 – 2002) Paulo Scharlack – guitarra (1992 – 2002) Rita Carvalho – voz (2002) Roseli Câmara – percussão (2002) Cláudio Gutierrez – percussão (2003)
Assistente de Direção: Eliana Monteiro
Composição e direção musical: Laércio Resende
Figurinos, adereços e visagismo: Fábio Namatame
Desenho de luz: Guilherme Bonfanti e Marisa Bentivegna
Operador de luz: Camilo Bonfanti (2003)
Coordenação de pesquisa corporal: Antônio Araújo, Daniella Nefussi, Lúcia Romano, Lucienne Guedes
Direção coreográfica: Lúcia Romano e Lucienne Guedes
Assessoria corporal: Cibele Cavalcanti (Laban), Lúcia Romano (Laban), Marcelo Milan (acrobacia), Maria Thaís (acrobacia), Tica Lemos (improvisação de contato)
Concepção gráfica/concepção espacial: Uni-Design e Arquitetura (1992), Luciana Facchini (2002)
Fotografia – divulgação: Cláudia Calabi (2002), Edouard Fraipont (2002), Eduardo Knapp (1992), Lenise Pinheiro (2002)
Consultoria teórica em física: Andréa Bindell
Produção executiva e administração: G. Petean & Danilo Ravagnani (1992), João Federicci (2002)
Produção de viagens: Daniel Zanardi (2002)
Divulgação: G. Petean & Danilo Ravagnani e Teatro da Vertigem (1992), Canal Aberto – Márcia Marques (2002)
Concepção e direção geral: Antônio Araújo
O processo de elaboração de O Paraíso Perdido compreendeu um período que foi do final de 1991 a novembro de 1992.
Esse espetáculo estreou no dia 5 de novembro de 1992 na igreja de Santa Ifigênia, em São Paulo.
Leituras relacionadas
Em A Gênese da Vertigem, Antonio Araújo, diretor artístico e um dos idealizadores da companhia, relata o processo de criação de O Paraíso Perdido, espetáculo inaugural do repertório do grupo e encenado pela primeira vez em 1992, na igreja de Santa Ifigênia, em São Paulo, descortinando ao leitor de língua portuguesa o fascinante making of deste que hoje se reconhece ser um marco da cena contemporânea brasileira.
Editora Pespectiva
Ano: 2011
Comemorando os dez anos de existência de um dos mais relevantes grupos teatrais do nosso país, o livro Teatro da Vertigem – TRILOGIA BÍBLICA traz o texto integral dos espetáculos O Paraíso Perdido (1992), O Livro de Jó (1995) e Apocalipse 1:11 (2000), acompanhado de ensaios, depoimentos e uma seleção de críticas publicadas no Brasil e no exterior, mais dezenas de fotos, cronologia e bibliografia do Teatro da Vertigem.
Publifolha
Ano: 2002
Um dos maiores poemas épicos da literatura ocidental – de uma tradição que inclui a Ilíada e a Odisseia de Homero, a Eneida de Virgílio e a Divina Comédia de Dante -, o Paraíso perdido foi publicado originalmente em 1667, na Inglaterra, em um período especialmente turbulento daquela nação. Seu autor, John Milton (1608-1674), foi um dos grandes intelectuais de seu tempo e destemido apoiador da Revolução Puritana inglesa, que depôs e executou o rei Carlos I e proclamou a República em 1649.
Editora 34
Ano: 2016
Comemorando 25 anos do grupo, a Editora Cobogó lança o livro Teatro da Vertigem que reúne textos de críticos, dramaturgos e pensadores que refletem sobre os modos e meios de criação do grupo. Ao longo do seu marcante percurso artístico, híbrido de linguagens, entre elas, o site specific e a performance urbana, o grupo liderado por Antônio Araújo abriu espaço em suas criações colaborativas para as possibilidades cênicas e dramatúrgicas em diferentes locações da cidade.
Livro finalista do 61º Prêmio Jabuti (2019) na categoria Projeto gráfico (Responsável: Luciana Facchini).
Editora Cobogó
Ano: 2018
https://www.cobogo.com.br/produto/teatro-da-vertigem-teatro-de-vertigem-613
Outros espetáculos do Teatro da Vertigem
O LIVRO DE JÓ (1995))
O Livro de Jó foi desenvolvido com a perspectiva de aprofundar elementos vivenciados anteriormente e trazer ao núcleo do Teatro da Vertigem novas diretrizes. Mantendo um processo a partir dos depoimentos pessoais dos atores, o universo temático sofreu uma verticalização nesta montagem. Porém, dessa vez, colocou-se frente a uma dramaturgia mais formalizada trazendo para o grupo o universo da palavra. Se anteriormente a linguagem gestual era a principal expressão das reflexões e vivências do grupo, a partir de então, a palavra começou a entrar no campo das preocupações; a exploração do movimento coral abriu espaço para a construção de personagens; as experimentações corporais sobre as leis da física buscaram transformar-se em treinamentos dos estados internos do ator.
https://trilhasdacena.com.br/o-livro-de-jo/
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