BAILARINO, COREÓGRAFO, CanTOR E COMPOSITOR
DANCER, CHOREOGRAPHER, SINGER-SONGWRITER
Brunno de Jesus
Salvador (Bahia)
Atualizada em 22/10/2024
Brunno de Jesus é bailarino, coreógrafo, cantor e compositor. Pesquisador das culturas negras e periféricas. Licenciado em dança (UFBA, 2014), Especialista em Estudos Contemporâneos em Dança (UFBA, 2016), Mestrado em Dança (2020) e atualmente cursando o Doutorado em Dança na Universidade Federal da Bahia, na qual atuou como professor substituto (UFBA, 2020 /2021). Idealizador e diretor da Plataforma Nacional de Artes Negras. Educador no projeto Axé – Centro de Defesa e Proteção à Criança e ao Adolescente.
Brunno de Jesus is a dancer, choreographer, singer-songwriter, and researcher of black and peripheral cultures. He has a degree in Dance (UFBA, 2014), a specialization in Contemporary Dance Studies (UFBA, 2016), and a Master’s degree in Dance (2020). He is currently a PhD Candidate in Dance at the Federal University of Bahia, where he has worked as a substitute teacher (UFBA, 2020 /2021). Brunno de Jesus is also the creator and director of the National Black Arts Platform and an educator at the Axé project – Center for the Defense and Protection of Children and Adolescents.
Foto Sergio Isensee
BAILARINO, COREÓGRAFO, CanTOR E COMPOSITOR
DANCER, CHOREOGRAPHER, SINGER-SONGWRITER
Brunno de Jesus
Salvador (Bahia)
Atualizada em 22/10/2024
Foto Sergio Isensee
Brunno de Jesus é bailarino, coreógrafo, cantor e compositor. Pesquisador das culturas negras e periféricas. Licenciado em dança (UFBA, 2014), Especialista em Estudos Contemporâneos em Dança (UFBA, 2016), Mestrado em Dança (2020) e atualmente cursando o Doutorado em Dança na Universidade Federal da Bahia, na qual atuou como professor substituto (UFBA, 2020 /2021). Idealizador e diretor da Plataforma Nacional de Artes Negras. Educador no projeto Axé – Centro de Defesa e Proteção à Criança e ao Adolescente.
Brunno de Jesus is a dancer, choreographer, singer-songwriter, and researcher of black and peripheral cultures. He has a degree in Dance (UFBA, 2014), a specialization in Contemporary Dance Studies (UFBA, 2016), and a Master’s degree in Dance (2020). He is currently a PhD Candidate in Dance at the Federal University of Bahia, where he has worked as a substitute teacher (UFBA, 2020 /2021). Brunno de Jesus is also the creator and director of the National Black Arts Platform and an educator at the Axé project – Center for the Defense and Protection of Children and Adolescents.
Histórico de realizações | Body of work
Jovem artista multilinguagem, negro nascido na cidade do Salvador- Bahia. Filho de Marita de Jesus e Henrique Bispo da Silva. Como coreógrafo e diretor, assinou mais de 12 espetáculos em sua trajetória. Recebeu o Prêmio Nacional Leda Maria Martins, na categoria Ancestralidade pelo espetáculo DI-QUEBRADA [2021]. Diretor do filme documentário RAIMUNDOS: Mestre King e as Figuras Masculina da Dança na Bahia [2016], conta a história do primeiro homem e negro a graduar em dança na América Latina. Integra a Série Novos Artistas da Arte Contemporânea realizado pelo IAE – Instituto Arte na Escola [2022] Canal Futura. Lançou o primeiro álbum autoral EPA REI com 7 faixas inéditas em março de 2022, e o EP Tranca Rua em 2023. Estreou o seu solo Sample: é que nem cortar quiabo no Festival Internacional de Artes Cenicas Kuruchue no Chile, e integrou a programação da 14° Bienal Internacional de Dança do Ceará. Inquieto, inventivo, pensa a dança, o corpo na cena como possibilidade de buscar tecnologias cênicas para criar futuros e dinâmicas como modo de existir.
Brunno de Jesus is a young multilingual artist, a black man born in the city of Salvador, Bahia, the son of Marita de Jesus and Henrique Bispo da Silva. As a choreographer and director, he has more than 12 shows to his credit. He was awarded the Leda Maria Martins National Prize in the Ancestrality category for his show DI-QUEBRADA (2021). He directed the documentary RAIMUNDOS: Mestre King e as figuras masculinas da dança na Bahia (2016), which tells the story of the first black man to graduate in dance in Latin America. He is part of the New Artists in Contemporary Art series produced by IAE – Instituto Arte na Escola (2022) on Canal Futura. He released his first album, EPA REI, with 7 unreleased tracks in March 2022, and the EP Tranca Rua in 2023. He premiered his solo Sample: é que nem cortar quiabo (Sample: it is just like chopping okra) at the Kuruchue International Festival of Performing Arts in Chile, and was part of the program of the 14th International Dance Biennial of Ceará. Restless and inventive, he thinks of dance and the body on stage as a medium to research scenic technologies to create futures and dynamics as a mode of existence.
Sample: é que nem cortar quiabo | Sample: It’s Like Cutting Okra
Sample: é que nem cortar quiabo é um jeito de corpo, um modo de entender a memória como camadas entre o tempo. Cortar quiabo para nutrir e fortalecer o desejo que move danças, move sons, vibra na pele. Alimento do orixá sango e oyá, que aquece a dança do agora. Um solo que reverencia a memória de danças que deixaram rastros e se transformam em outras danças. Quais danças dos nossos mais velhos compõem nossas camadas de memórias?
Com aproximadamente 40 minutos, o espetáculo convoca referências das danças negras baianas, em narrativas poéticas e nomes como: Nadir Nóbrega, Leda Ornelas, Marilza Oliveira, Mestre King, Augusto Omolu entre outros… Uma viagem na memória de um corpo negro contemporâneo.
O canto saudando os orixás, as estéticas que convocam a memória, a simbologia dos orixás e as sonoridades ensinam ao público a clave sonora do daró (toque para a orixá Iansã), o maculelê como dança de guerra com interação como o público, jogos de convite a dançar juntos e samplear a memória da dança negra da Bahia.
(Sample: it’s like chopping okra) is a way of the body, a mode of understanding memory as layers within time. Chopping okra to nourish and strengthen the desire that moves dances, sounds, and vibrates in the skin. It is food from the orixás sango and oyá, warming the dance of now. It is a performance to acknowledge the memory of dances that have left their traces and have become other dances. Which dances of our elders make up our layers of memories?
The 40-minute show gathers references to Bahian black dances in poetic narratives and names such as Nadir Nóbrega, Leda Ornelas, Marilza Oliveira, Mestre King, Augusto Omolu, and others. It is a journey into the memory of a contemporary black body.
The chanting that salutes the orixás, the aesthetics that summon up memory, the symbolism of the orixás, and the sounds instruct the audience in the sound clave of the daró (touch for the orixá Iansã), the maculelê as a war dance with interaction with the audience: these are the games that invite us to dance together and sample the memory of black dance in Bahia.
Ficha técnica
Direção e atuação : Brunno de Jesus
Assistente de cena: Fred Lopes
Trilha sonora/músico : Yan Santana
Figurino: Jorge Silva
Iluminação : Rangel Souza
Produção: Oyó Núcleo de Artes
Credits
Direction and acting: Brunno de Jesus
Assistant stage manager: Fred Lopes
Soundtrack/musician: Yan Santana
Costumes: Jorge Silva
Lighting design: Rangel Souza
Production: Oyó Núcleo de Artes
Epa Rei
Bruno de Jesus é um artista negro da cidade de Salvador, apaixonado por música desde criança. A veia artística era tão grande que ele se imaginava no palco cantando para milhões de pessoas. Essa era a sua brincadeira de criança. Desde criança batucava em latas de tinta, garrafas de vidro, além de cantar no quintal de sua casa. Sempre acompanhou seu pai nas serestas do bairro onde morava. E como todo baiano que se preze, não perdia um carnaval. Costumava ir com o pai aos desfiles dos blocos afros como Ilê Aiyê, Olodum, Os Negões, além de acompanhar a banda Timbalada e É o Tchan. Quando adulto, os caminhos de Bruno o levaram para a dança. Ele estudou e se tornou bailarino, coreógrafo, cantor e compositor brasileiro. Filho de Sàngo no Ilê Axé Onirê Unxê Omi Oyá.
Em 2014, a composição Identifique-se, uma parceria com o cantor feirense Jeferson Akenaton, ficou em 2° lugar no Festival de Música Vozes da Terra. No ano seguinte lançou seu primeiro single autoral Jogo bola. Pesquisador das culturas negras e periféricas, Bruno de Jesus fez mestrado, especialização e doutorado em dança pela Universidade Federal da Bahia. Ele também foi professor substituto no curso de dança na UFBA, passando todo o seu conhecimento para centenas de alunos. Em 2021, o coreografo, compositor e cantor recebeu o Prêmio Nacional Leda Maria Martins, na categoria Ancestralidade pelo espetáculo DI-QUEBRADA. Ele também idealizou o EPA! Encontro Periférico de Artes, realizado entre 2017 a 2021. Dirigiu o documentário RAIMUNDOS: Mestre King e as figuras masculinas da dança na Bahia. O doc conta a história do primeiro homem e negro a graduar em dança na América Latina.
Recentemente participou como intérprete da música Quando o Muzenza passar de autoria de Ney Baiano e Yure Cajazeiras no 36o Festival de Música Samba Reggae do Bloco Afro-Muzenza. O show Epa Rei, que leva o nome do seu primeiro álbum, fez abertura do Festival de Artes em Pernambuco, tendo sido apresentado também na Sala do Coro do Teatro Castro Alves em Salvador.
Lançado no início de 2022, Epa Rei traz elementos do candomblé e da cultura Iorubá. Assim como o álbum, o show constrói uma paisagem afetiva sonora numa mistura afro-pop entre poesia, toque de candomblé, sambas, sambareggae, r&b e baladas percussivas. Com grandes solos de percussão e dança, o artista traz experiências sensoriais para o público com sua música. Um show interativo e sensorial.
Brunno de Jesus is a black artist from the city of Salvador who has been fascinated by music since he was a child. His artistic inclination was so great that he imagined himself on stage singing for millions of people. That was his childhood game. From an early age, he drummed on paint cans and glass bottles and also sang in his backyard. He always accompanied his father to the serenades in the neighborhood where he lived. And like everyone from Bahia, he never missed a carnival. He used to go with his father to the parades of Afro-blocos such as Ilê Aiyê, Olodum, and Os Negões, as well as following the band Timbalada and É o Tchan. As an adult, Brunno’s path led him to dance. He studied and became a Brazilian dancer, choreographer, singer and songwriter. Son of Sàngo at Ilê Axé Onirê Unxê Omi Oyá.
In 2014, the composition Identifique-se, a partnership with singer Jeferson Akenaton, came 2nd in the Vozes da Terra Music Festival. The following year, he released his first single: Jogo bola. A researcher of black and peripheral cultures, Bruno de Jesus did his master’s, specialization, and PhD in dance at the Federal University of Bahia. He was also a Substitute Professor of the dance graduate course at UFBA, imparting knowledge to hundreds of students. In 2021, he was awarded the Leda Maria Martins National Prize in the Ancestrality category for his show DI-QUEBRADA. He also conceived the EPA! Peripheral Arts Meeting, held between 2017 and 2021. He directed the documentary RAIMUNDOS: Mestre King e as figuras masculinas da dança na Bahia. The film tells the story of the first black man to graduate in dance in Latin America.
He recently performed the song Quando o Muzenza passar by Ney Baiano and Yure Cajazeiras at the 36th Bloco Afro-Muzenza Samba Reggae Music Festival. The show Epa Rei, which takes its name from his first album, opened the Arts Festival in Pernambuco and was also performed in the Choir Room of the Castro Alves Theater in Salvador.
Released at the beginning of 2022, Epa Rei features elements of candomblé and Yoruba culture. Like the album, the show builds an affective soundscape in an Afro-pop mix of poetry, candomblé music, sambas, samba reggae, R&B, and percussive ballads. With great percussion and dance solos, the artist brings sensory experiences to the audience with his music. It is an interactive and sensorial concert.
Plataforma Nacional de Artes Negras | National Black Arts Platform
A PLATAFORMA NACIONAL DE ARTES NEGRAS se consolida na sua terceira edição em 2025. Nasceu do contexto da falta, da não visibilidade e do não pertencimento. Criado e realizado por jovens negros das quebradas de Salvador que não se sentiam representados nos poucos circuitos existentes. Com duas edições de sucesso a plataforma expandiu sua missão, reformulando a marca e as atividades da programação, agora em ações interdependentes de conexões nacionais e internacionais, que pode desdobrar em qualquer momento do ano. Não mais como uma programação de festival, e sim, uma plataforma alternativa que conecta negros e negras do Brasil e do mundo por meio de suas produções artísticas, de artistas emergentes, aqueles que não compõe e/ou compõe timidamente os poucos circuitos existentes. Ou seja, uma plataforma com o propósito de fortalecer o elo com o mercado criativo sendo Salvador a cidade eixo de realização. Como exemplo, após sua expansão, a PLATAFORMA foi convidada pela Bienal Internacional de Dança do Ceará, apresentando artistas de sua última edição. subsequentemente, foi convidado um espetáculo para compor a programação em março de 2024 que reuniu África e América Latina, e mais de 7 estados brasileiros em importantes espaços de Salvador como Sala do Coro do Teatro Castro Alves, Feira de São Joaquim, Pelourinho, Terreiros de candomblé, Espaço Xisto, Estações, ônibus entres outros. O seu diferencial é ser um gerador de possibilidades de conexões e esperanças.
The BLACK ARTS NATIONAL PLATFORM is consolidating its third edition in 2025. The project was born out of scarcity, non-visibility, and non-belonging. It was created and carried out by young black people from the “quebradas” of Salvador who didn’t feel represented in the few existing circuits. After two successful editions, the platform has expanded its mission, reformulating its brand and programming activities into interdependent actions of national and international connections, which can unfold at any time of the year. It no longer functions as a festival program, but as an alternative platform that connects black men and women from Brazil and abroad through their artistic productions. The platform focuses on emerging artists, those who are not part of the few existing circuits or are only barely part of them. In other words, it is a platform that seeks to strengthen the link with the creative market, with the city of Salvador as its hub. Following this expansion, PLATAFORMA was invited by the Ceará International Dance Biennial to present artists from its latest edition. Following this, the platform invited a show to be programmed in March 2024, which brought together Africa and Latin America, as well as more than 7 Brazilian states, occupying important spaces in Salvador, such as the Choir Room of the Castro Alves Theater, the São Joaquim Fair, Pelourinho, candomblé yards, Espaço Xisto, stations, buses, among others. Its differential is being a generator of opportunities for connections and hope.
Corpo Homenagem | Body Tribute
Corpo Homenagem é uma série de 12 vídeos, de 1h30 cada, que trouxe a dança para a tela da TV e redes sociais. Foram convidados 6 dançarinos e dançarinas negros e negras que foram ao estúdio da TVE apresentar um solo de dança em homenagem aos seus mestres e mestras. Com solos artísticos de autoria, interpretação e corporeidade de cada artista convidado/a, a série apresentou diversas linguagens do corpo, que transitaram pela dança afrobrasileira, pelo samba e pelas danças contemporânea e moderna. Os seis artistas negros que prestaram as homenagens, realçaram os percursos e legados de grandes nomes da arte baiana através da linguagem corporal. Cada dançarino/a escolheu um mestre/a que é referência de vida, arte e politica em sua trajetória pessoal, mas que também se estendem como referências a toda sociedade brasileira, como exemplos de luta, vanguarda e construção do saber negro diaspórico. O dançarino e coreógrafo Mestre King (in memmorian) foi homenageado por Brunno de Jesus.
Foi produzida ainda uma reportagem com cada artista, em que explicaram a relação com seus mestres e o processo criativo de cada solo. Os 6 vídeos-dança e as 6 reportagens compõem a série Corpo Homenagem, que foi exibida ao longo da programação da TVE Bahia.
Corpo Homenagem (Ficha técnica):
Realização TVE Bahia
Concepção e direção: Carolina Canguçu e Candai Calmon
Cenário e iluminação: Edmundo Júnior
Coordenação: Estúdio Sérgio Couto
Diretor de TV: Denilson Santana
Montagem: Carolina Canguçu e Marcos Fiais
Stills: Sergio Isensee
Corpo Homenagem (Body Tribute) is a series of twelve 90-minute videos that brought dance to TV and social media. Six black male and female dancers were invited to the TVE studio to present a dance solo in homage to their masters. With artistic solos written, interpreted, and performed by all guest artists, the series presented different body languages, including Afro-Brazilian dance, samba, and modern and contemporary dance. The six black guest artists highlighted the paths and legacies of great names in Bahian art through body language. Each dancer selected a master who is a reference in life, art, and politics in their trajectory, but also an authority for the whole of Brazilian society as an example of struggle, vanguardism, and the construction of diasporic black knowledge. Dancer and choreographer Mestre King (in memorian) was honored by Brunno de Jesus.
The program produced a report with each artist, in which they explained their relationship with their masters and the creative process of each solo. The six video-dance works and their respective reports constitute the Corpo Homenagem (Body Tribute) series, shown on TVE Bahia.
Body Tribute (Credits):
Produced by TVE Bahia
Conception and direction: Carolina Canguçu and Candai Calmon
Set and lighting design: Edmundo Júnior
Coordination: Sérgio Couto Studio
TV Director: Denilson Santana
Editing: Carolina Canguçu and Marcos Fiais
Stills: Sergio Isensee
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