CABELOS ARREPIADOS
Buia Teatro (AM)
Duração: 55 min
Estreia: 2021
Atualizada em 15/04/2024
Foto: Renato Mangolin
A opereta infantojuvenil Cabelos Arrepiados, de Karen Acioly, com encenação do Buia Teatro de Manaus, conta a história de cinco crianças que não conseguem dormir. Ao mesmo tempo que enfrentam os efeitos da privação de sono e de sonhos, elas refletem sobre temas como amizade, o diálogo com os pais e os perigos do consumismo e da destruição do meio ambiente.
Da obra de Wilhelm Busch foram pinçados Juca, interpretado por Roque Baroque, e Chico, por Gustavo Gutemberg, dois protagonistas travessos criados pelo escritor alemão em 1985. Na opereta, eles surgem como guardiões dos sonhos das seis crianças: Tico, um boneco manipulado pelo elenco, Flora, interpretada por Magda Loiana, Cora, Clara e Dora, por Maria Hagge, e Ciro, interpretado por Dimas Mendonça. A dupla, Juca e Chico, conduz a trama e a música, apresentando os sonhos dessas personagens ao longo de cinco histórias entrelaçadas e musicadas.
Para complementar a produção, a cenografia é inspirada no universo da patafísica (de soluções imaginárias) de Alfred Jerry, com um palco giratório. Além disso, formas animadas, criadas pelos artistas Diirr e Dante, embelezam a montagem potencializando a atmosfera onírica dos sonhos. “Por exemplo, no sonho de Clara e seus cabelos loiros, o sonho da personagem é representada por uma forma feita de papel de seda, utilizando uma técnica criada pelo artista amazonense Nonato Tavares”, cita o diretor.
Figurinos e maquiagem remetem à estética dos personagens da Monster High, inspirados pela estética cinematográfica e hipnotizante de Tim Burton. Quanto à iluminação do espetáculo, ela é executada com precisão, inspirada nos filmes com a estética noir das décadas de 40 e 50.
O espetáculo amazonense Cabelos Arrepiados obra da Companhia de Teatro Buia, recebeu 8 indicações para 21ª edição do Prêmio Cenym de Teatro Nacional, um dos maiores eventos, a reconhecer os destaques anuais da dramaturgia brasileira.
A 21ª edição do Prêmio Cenym de Teatro Nacional, também se encantou pela ópera de câmara amazonense dedicada à infância, e evento concedeu 8 indicações à obra. A honraria é entregue pela ATEB – Academia de Artes no Teatro do Brasil, em reconhecimento à excelência dos profissionais mais proeminentes do teatro brasileiro.
Equipe
Texto:
Karen Acioly
Direção e Concepção:
Tércio Silva
Elenco:
Maria Hagge, Magda Loiana,
Dimas Mendonça, Roque Baroque, Diirr e Jeferson Mariano
Composição e Direção Musical:
Jeferson Mariano
Figurinos: Maria Hagge
Iluminação: Orlando Schaider e Tércio Silva
Cenário: Tércio Silva
Maquiagem e caracterização: O Grupo
Formas Animadas: Diir e Bruno Dante
Cenotécnico: Wanderley Cenografia
Projeto Gráfico: Dante
Fotografia de cena: Renato Mangolin
Design de Som: Bruno Rod
Operação e Adaptação de Luz: Orlando Schaider
Produção Geral:
Vídeos
Teaser
Espetáculo completo
Debate: A criação do espetáculo
SOBRE A COMPANHIA
O Buia Teatro foi fundado em 2015 na cidade de Manaus (AM), por Tércio Silva, diretor da companhia, e pela atriz, figurinista e artista visual Maria Hagge. Desde então, o grupo tem se dedicado a pesquisas e experimentações artísticas que buscam aprimorar a qualidade da cultura infantojuvenil no Norte do país.
Em reconhecimento ao seu trabalho, o Buia Teatro recebeu o prestigioso prêmio de Melhor Grupo de Teatro do Brasil em 2022, na 21ª edição do Prêmio Cenym de Teatro. A companhia valoriza a maturidade e a reflexão em seus processos artísticos, destacando-se nas áreas de artes cênicas, visuais e intercâmbios artísticos internacionais, sempre buscando aproximação com novos públicos.
O diálogo com a cidade de Manaus, a Região Norte e o Brasil é uma das principais premissas da companhia, que busca ampliar sua atuação cultural e promover acesso democrático à cultura. O Buia Teatro é uma referência em pesquisa e experimentação artística no Norte do país, consolidando-se como um importante agente na promoção da cultura infanto-juvenil.
Karen Acioly | Foto: Andrea Nestrea
SOBRE A AUTORA
Karen Acioly inventa histórias para crianças de todas as idades em livros, peças de teatro, óperas, filmes, desenhos animados e festivais. Escreveu mais de 30 peças teatrais e encenou a maioria delas. Recebeu diversos prêmios em Literatura Infantojuvenil, entre eles os de Melhor Livro de Teatro para crianças (Fundação Nacional do Livro infantil e Juvenil-FNLIJ) pelas obras Tuhu, o menino Villa-Lobos, Os meus Balōes, Viva o Zé Pereira, A Excêntrica família Silva (Prêmio Hors Concours). É criadora do FIL, o seu xodó.
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