Trilhas da Cena

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Complexo Duplo

Rio de Janeiro (RJ)

Ano de criação: 2010

Atualizada em 28/07/2023

O Complexo Duplo é um coletivo poroso de artistas e pesquisadores com sede na cidade do Rio de Janeiro, que tem realizado espetáculos de teatro e ações formativas desde 2010. Em 2011 e 2012, o trabalho do grupo se consolidou com a programação de um teatro público, o Teatro Glaucio Gill, com a Ocupação Complexo Duplo, tendo sido indicado ao Prêmio Shell e ao Prêmio APTR, ambos na categoria especial, por esse projeto. Desde então, o coletivo realizou 13 espetáculos teatrais e diversas ações de formação e reflexão no Rio de Janeiro e em outras cidades do Brasil.

A ocupação do teatro Glaucio Gill abriu espaço para mais 60 espetáculos de várias cidades do Brasil e alguns de fora do país. No eixo de ações formativas, a ocupação organizou encontros regulares, como no Fórum Contínuo de Núcleos de Trabalho Continuado, workshops e debates ligados à revista Questão de Crítica. 

Espetáculos

Na criação de espetáculos, o Complexo Duplo tem dado ênfase à dramaturgia contemporânea, em um primeiro momento traduzindo e encenando peças de dramaturgos estrangeiros, depois se encaminhando para criações autorais. Tais espetáculos foram patrocinados e/ou apoiados por instituições como Centro Cultural Banco do Brasil, Centro Cultural da Justiça Federal, Vivo e SESC, além de terem sido selecionados em editais públicos da cidade do Rio de Janeiro, realizando apresentações na capital fluminense e em outras regiões do país.

Em 2010, Tentativas contra a vida dela de Martin Crimp foi o primeiro espetáculo encenado pelo grupo, depois veio Duplo Crimp (com O campo e A cidade) do mesmo autor, em 2012, todos com tradução de Daniele Avila Small e direção de Felipe Vidal. Também em 2012 houve a estreia de Depois da Queda de Arthur Miller, com tradução e direção de Felipe Vidal. Em 2013, o grupo estreou Nenhum (Have I none) de Edward Bond, com tradução de Felipe Vidal e direção de Renato Carrera. Em 2014, Na República da Felicidade foi mais um espetáculo criado a partir de uma peça de Martin Crimp.

Já na vertente dos projetos autorais, o grupo realizou Garras curvas e um canto sedutor (2013) de Daniele Avila Small e Há mais futuro que passado – Um documentário de ficção (2017) com dramaturgia de Clarisse Zarvos, Mariana Barcelos e Daniele Avila Small, com direção desta. Esta última circulou por festivais internacionais no Brasil e em Portugal. Ambas as peças foram publicadas, a primeira pela Editora Cobogó, a segunda pela Editora Javali.

Com direção de Felipe Vidal, o grupo criou a Trilogia Paramusical, com as peças Contra o vento – um musicaos (2015), com texto de Daniela Pereira de Carvalho, Cabeça (um documentário cênico) (2016) com dramaturgia do  diretor e Catarse (uma para-ópera) (2018) com dramaturgia de Clarisse Zarvos, Felipe Vidal e Leonardo Corajo. Cabeça (um documentário cênico) (2016) fez diversas temporadas no Rio e circulou por várias cidades e festivais, tendo recebido o Prêmio Shell pela Direção Musical e o Prêmio Questão de Crítica, além de acumular indicações para a dramaturgia de Felipe Vidal (Prêmio Cesgranrio, Prêmio APTR e Prêmio Shell).

Em 2018, o Complexo Duplo e a Questão de Crítica deram início à Complexo Sul – Plataforma de Intercâmbio Internacional, em parceria com o Goethe-Institut. A primeira edição, realizada com apoio do Sesc Rio, teve um caráter de intercâmbio com as outras três plataformas na América do Sul: Panorama Sur (Argentina), Movimiento Sur (Chile) e Experimenta Sur (Colômbia).

 

Em março de 2019, a Complexo Sul realizou uma parceria com o Beyond The Sud, projeto de intercâmbio de artistas italianos, brasileiros e argentinos, que resultou em uma viagem de dramaturgos brasileiros à Itália (Diego de Angeli e Cecilia Ripoll) e à Argentina (Diogo Liberano) e na montagem de uma peça de Liberano nos dois países.

 

Em novembro e dezembro de 2020, com patrocínio do Itaú Cultural, do Goethe-Institut Rio de Janeiro e do consulado da Alemanha no Rio de Janeiro, a Complexo Sul realizou uma significativa edição online, com convidados da Argentina, do Chile, da Colômbia, do Líbano e de diferentes cidades do Brasil. A plataforma viabilizou a estreia de projetos inéditos de Tatiana Henrique, do Rio de Janeiro, do Teatro do Concreto, de Brasília, e da Plataforma Àràká, de Salvador, além de uma versão da peça mais recente de Keli Freitas com Alex Pinheiro, do Rio, e uma estreia mundial de Rabih Mroué, artista libanês radicado em Berlim que é uma grande referência na linguagem da palestra-performance. O projeto contou com a cobertura fotográfica de Guto Muniz, que, durante a pandemia, se dedicou a pensar e experimentar a fotografia de cena no ambiente virtual.

 

A Complexo Sul 2020 ainda ofereceu laboratórios criativos com Andrés Castañeda, do grupo Mapa Teatro da Colômbia, com Felipe Vidal e com Daniele Avila Small, que funcionaram como incubadoras de uma série palestras-performances online. Algumas delas se desdobraram em trabalhos presenciais e estão fazendo temporadas ou circulando por festivais. Os debates e palestras estão disponíveis no canal do Complexo Duplo no YouTube.

Sem pausa durante a pandemia

Durante a pandemia da COVID-19, em 2020 e 2021, o Complexo Duplo se dedicou à criação da versão online de Dois (Mundos), criado a partir do álbum Dois, do grupo Legião Urbana. Em fevereiro de 2022 o grupo estreou a versão presencial da peça, Dois (Mundos): Volume 1: Coração, no Sesc Copacabana e retomou a circulação nacional de Cabeça (um documentário cênico), com apresentações no CCBB do Rio de Janeiro, de Belo Horizonte, de São Paulo e de Brasília. O grupo também começou a circular com Dois (Mundos): Volume 1: Coração, com apresentações no Festival Palco Giratório de Porto Alegre.

Espetáculo mais recente

Em 2023, o grupo estreia O museu sem fim de 1976 (Sala 1: Uma erótica da crítica), palestra-performance de Daniele Avila Small, com direção de Felipe Vidal e Tainah Longras, em junho no Teatro Firjan Sesi Jacarepaguá, seguindo em temporada na Sala Marcantônio Villaça (Sala Preta) no Espaço Cultural Municipal Sergio Porto.

Direção artística

A Complexo Duplo Produções Artísticas representa seus diretores artísticos. Daniele Avila Small realiza curadorias independentes, cobertura crítica de festivais, tradução de textos de teatro, palestras e cursos teóricos, além de criar espetáculos teatrais como dramaturga e diretora; Felipe Vidal trabalha como ator, tradutor, diretor e preparador de elenco para cinema e televisão, além de ministrar cursos práticos de dramaturgia, atuação e encenação teatral.  

 

A atualização dos dados desta página bem como a veracidade das informações nela contidas são de responsabilidade do Complexo Duplo Produções Artísticas. Caso encontre um erro ou divergência de dados, favor entrar em contato com ele a partir dos links acima ou envie mensagem para complexoduplo@gmail.com

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