A Questão de Crítica – Revista eletrônica de críticas e estudos teatrais foi criada no Rio de Janeiro em março de 2008. Idealizada por Daniele Avila Small, editora da revista desde então, o projeto veio propor uma mudança na cultura da crítica de teatro do Rio de Janeiro naquele momento, contrapondo-se à visão predominante da crítica jornalística na cidade, com uma abordagem mais reflexiva sobre a crítica e sobre o teatro. Ao longo dos anos, a revista desenvolveu projetos como o Encontro Questão de Crítica, o Prêmio Questão de Crítica e o Prêmio Yan Michalski. Com o Complexo Duplo, a Questão de Crítica realiza a Complexo Sul – Plataforma de Intercâmbio Internacional, desde 2018. Em 2023, por ocasião da comemoração dos 15 anos e pelas atividades realizadas durante a pandemia, a revista foi indicada ao Prêmio Shell de Teatro.
- A revista
- Encontro Questão de Crítica
- Prêmio Questão de Crítica e Prêmio Yan Michalski
- Publicações impressas
- Nos festivais de teatro
- DocumentaCena
- Idiomas
- Podcast Questão de Crítica
- Complexo Sul
- Na pandemia com o teatro online
- Ações no Youtube
- Parceria com o Foco in Cena
- Comemorações, indicações, retrospectivas
A revista
A Questão de Crítica – Revista eletrônica de críticas e estudos teatrais foi criada no Rio de Janeiro em março de 2008. A iniciativa de Daniele Avila Small surgiu no âmbito do curso de Teoria do Teatro (hoje Estética e Teoria do Teatro) da UNIRIO e contou com a parceria de Dinah Cesare (até 2016) e de Marcio Freitas no primeiro ano de realização do projeto.
Com a colaboração de pesquisadores de teoria do teatro e artistas da cena, a revista publicava edições mensais em um primeiro momento, com textos divididos em cinco seções: críticas, estudos, conversas, processos e traduções. Em meados de 2009, um hacker invadiu a revista e deletou todo o conteúdo publicado, revelando a insegurança do site criado em 2008. Em 2010, com um novo site e nova identidade visual, a revista retornou, com quase todo o conteúdo das primeiras edições recuperado e fôlego renovado para retomar as edições mensais.
Na época em que a revista foi idealizada, havia pelo menos cinco jornais impressos que publicavam críticas de teatro regularmente no Rio, alguns blogs e sites que publicavam críticas de diferentes áreas das artes. No entanto, a noção de crítica de teatro que predominava na cidade era amplamente determinada pelo jornal O Globo e ditava não apenas um pensamento conservador e mercantilizado sobre teatro, mas também uma forma engessada e empobrecida de escrita da crítica. Contra esse estado de coisas, a Questão de Crítica se colocou na cidade como alternativa de pensamento e conversação, alimentada pelo desejo de estabelecer conexões entre a pesquisa de linguagem da cena contemporânea e os estudos da teoria do teatro.
Mas logo ficou evidente que seria preciso realizar outras ações além da publicação de textos se quiséssemos interferir no modo de pensar o teatro na cidade. Assim surgiram as outras iniciativas, como os prêmios, os encontros e as demais atividades de formação ligadas à revista.
Em 2015, com patrocínio do FATE – Fundo de Apoio ao Teatro, foram realizadas quatro edições robustas, com textos de diversos colaboradores, além de algumas conversas para o canal de vídeos da revista, que até então funcionava no Vimeo (hoje, no YouTube). As conversas foram realizadas com Aderbal Freire Filho, Felipe Vidal, Marco André Nunes e Maria Thaís. O patrocínio também viabilizou melhorias no site e uma renovação na identidade visual do projeto.
Desde 2016, o ritmo das publicações diminuiu consideravelmente, tendo em vista o desmonte da cultura no Rio de Janeiro e no país e a crescente precarização do trabalho de artistas e pesquisadores. No entanto, foram publicadas pelo menos uma ou duas edições por ano. Em 2020, com o movimento de teatro na internet provocado pela pandemia, a revista se colocou prontamente como espaço de interlocução para artistas que estavam precisando enfrentar grandes desafios na linguagem do teatro.
Em 2023, acompanhando a reconstrução do país, a Questão de Crítica está se dedicando a um movimento de retomada, revisando sua história e planejando outras frentes de atuação.
Encontro Questão de Crítica
Em 2011, 2013 e 2015 foram realizadas as edições do Encontro Questão de Crítica. Já na primeira edição, todos os debates foram transmitidos ao vivo pela Internet, uma prática pouco comum na época. Nas edições seguintes, as atividades foram gravadas, editadas e disponibilizadas na íntegra no canal que a revista tinha no Vimeo. Hoje, esse material está no nosso canal do YouTube. Os textos produzidos foram publicados na revista ou em livro. Todas as edições contaram com oficinas de crítica, pois a formação de novos críticos sempre foi uma pauta do projeto.
Em 2011, o 1º Encontro Questão de Crítica foi realizado no Galpão Gamboa com apoio da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro e contou com uma homenagem a Yan Michalski em uma palestra de Fátima Saadi, uma oficina com Luciana Romagnolli e diversos encontros com profissionais do teatro, da dança e do cinema.
Em 2013, com patrocínio do FATE e apoio do SESC Rio, o 2º Encontro Questão de Crítica foi realizado no Espaço Sesc, em Copacabana, trazendo Valmir Santos para ministrar uma oficina e oferecendo um seminário de história da crítica no Rio de Janeiro com Daniele Avila Small e Dinah Cesare, além dos debates com pesquisadores de teatro, história, dança e cinema.
Em 2015, o 3º Encontro Questão de Crítica foi realizado com patrocínio do Rumos Itaú Cultural, edital que teve milhares de projetos inscritos e cerca de 100 selecionados. Realizado na arena do Espaço Sesc, ofereceu uma oficina com Patrick Pessoa e uma Mostra de Teatro Filmado na Sala Multiuso, com projeções de registros de algumas peças do Rio e de São Paulo entre 1968 e 2000, mediadas por pesquisadores ligados àqueles trabalhos ou que tivessem assistido àquelas obras ao vivo.
Os textos produzidos para as mesas-redondas e as palestras da Mostra de Teatro Filmado foram publicados em livro pela Editora 7Letras.
Prêmio Questão de Crítica e Prêmio Yan Michalski
Paralelamente à realização da revista e dos encontros, foi criado o Prêmio Questão de Crítica, com júri formado por um grupo de colaboradores regulares da revista. Essa premiação também foi motivada pelo desejo de valorizar o teatro de pesquisa da cidade, que raramente recebia a devida atenção das outras premiações, mas também pela vontade de realizar uma festa, um encontro de celebração, que pudesse arejar as ideias de crítica e de intelectualidade ligadas à prática da crítica.
A premiação não usava a palavra “melhor” nas categorias, embora essa ideia sempre seja associada a uma premiação. A presença da categoria Elenco foi muito bem recebida, pois ela não existia nos outros prêmios da cidade. Entre 2012 e 2016, o prêmio funcionava com a dinâmica entre indicados e premiados. A partir de 2017, essa relação foi abolida, bem como a ideia mesma de categoria, e a premiação passou a contemplar espetáculos e profissionais sem uma divisão previamente estabelecida.
Como o teatro é a nossa cachaça, o nosso troféu é uma garrafa de cachaça (da boa!) com um rótulo do Prêmio Questão de Crítica
Paralelamente à realização da revista e dos encontros, foi criado o Prêmio Questão de Crítica, com júri formado por um grupo de colaboradores regulares da revista. Essa premiação também foi motivada pelo desejo de valorizar o teatro de pesquisa da cidade, que raramente recebia a devida atenção das outras premiações, mas também pela vontade de realizar uma festa, um encontro de celebração, que pudesse arejar as ideias de crítica e de intelectualidade ligadas à prática da crítica.
A premiação não usava a palavra “melhor” nas categorias, embora essa ideia sempre seja associada a uma premiação. A presença da categoria Elenco foi muito bem recebida, pois ela não existia nos outros prêmios da cidade. Entre 2012 e 2016, o prêmio funcionava com a dinâmica entre indicados e premiados. A partir de 2017, essa relação foi abolida, bem como a ideia mesma de categoria, e a premiação passou a contemplar espetáculos e profissionais sem uma divisão previamente estabelecida.
Como o teatro é a nossa cachaça, o nosso troféu é uma garrafa de cachaça (da boa!) com um rótulo do Prêmio Questão de Crítica.
Nos primeiros anos, a comissão julgadora contou com Daniel Schenker, Dâmaris Grün, Daniele Avila Small, Dinah Cesare, Humberto Giancristofaro, Mariana Barcelos, Pedro Alonso, Raphael Cassou e Viviane da Soledade. Depois, consolidou-se o grupo formado por Daniel Schenker, Daniele Avila Small, Mariana Barcelos, Patrick Pessoa, Paulo Mattos, Renan Ji e Viviane da Soledade. As premiações foram todas dirigidas por Felipe Vidal.
Entre 2014 e 2016, experimentamos uma premiação para artistas em formação, o Prêmio Yan Michalski, com duas edições muito movimentadas, envolvendo diversas escolas. Na terceira edição, já com dificuldade para acompanhar as peças, escolhemos premiar uma iniciativa, a Revista Ensaia. O júri do Prêmio Yan Michalski foi formado por Andrea Santiago, Andreia Gomury, Dâmaris Grün, Mariana Barcelos, Raphael Cassou e Ricardo Libertini.
As premiações foram realizadas nos seguintes espaços:
• 2012 Teatro Gláucio Gill, com os técnicos do teatro entregando os troféus.
• 2013 Espaço Sesc (Mezanino), com professores das escolas de teatro entregando os troféus.
• 2014 Espaço Sesc (Arena) com o júri entregando os troféus
• 2015 Espaço Sesc (Arena) com apoiadores do teatro carioca entregando os troféus
• 2016 Sala Baden Powell com mulheres cis e trans, artistas, técnicas e produtoras entregando os troféus
• 2017 Espaço Sesc (Arena) com convidados escolhidos pelos artistas premiados entregando os troféus
• 2018 Vizinha 123 com o júri entregando os troféus
• 2019 Espaço Cultural Municipal Sergio Porto com estudantes de teatro entregando os troféus
Em breve, será divulgada a página do Prêmio Questão de Crítica, com informações detalhadas sobre todas as edições.
Publicações impressas
Por um breve momento, entre 2012 e 2013, tentamos realizar publicações impressas em parceria com a Editora Multifoco, mas o projeto não foi adiante. Nesse ínterim, publicamos dois livros com uma seleção de críticas das peças indicadas ao Prêmio Questão de Crítica – as edições comemorativas de 4 e 5 anos da revista – e três livros com dramaturgias: O outro lado e É só uma formalidade, duas peças do grupo Quatroloscinco, de Belo Horizonte; Outside de Pedro Kosovski; Breu de Pedro Brício.
Em 2015, lançamos um e-book com os textos produzidos a partir do 3º Encontro Questão de Crítica, em parceria com a Editora 7Letras. Está disponível para download.
Nos festivais de teatro
A partir de 2013, os festivais de teatro começaram a contratar críticos para escreverem sobre a programação e realizarem conversas, tendo em vista a redução drástica da atividade crítica nos jornais impressos, o que gerou uma conscientização de que a crítica é parte do sistema do teatro, não algo que vem de fora, seja do jornalismo ou da academia. Antecipando esses movimentos, a primeira cobertura fora do Rio realizada pela Questão de Crítica foi em 2010, por ocasião do ACTO2!, em Belo Horizonte, um encontro do Espanca! com o Grupo XIX de Teatro e a companhia brasileira de teatro.
Entre os festivais que convidaram colaboradores da Questão de Crítica, estão o Festival Cenas Curtas do Galpão Cine Horto, em Belo Horizonte, a MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, Cena Contemporânea de Brasília, Mostra Internacional de Teatro de Grupo da Cooperativa Paulista de Teatro, Bienal de Teatro da USP, Festival de Circo do Sesc SP, FIT – Rio Preto, Festivale – São José dos Campos e o Festival de Teatro de Itajaí.
No cenário internacional, a editora da revista, Daniele Avila Small participou do FIBA – Festival Internacional de Buenos Aires com críticos da Associação Internacional de Críticos de Teatro (AICT-IATC); do BITEF – Festival Internacional de Teatro de Belgrado (do qual Patrick Pessoa também participou), em um congreso da AICT-IATC; do Festival de Edimburgo, cobrindo o Showcase do British Council e o FRINGE a convite da MITsp; e do FITEI – Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica. Renan Ji participou de dois workshops para jovens críticos da AICT, em dois festivais, o Theater Olympics, em Wroclaw na Polônia e o Festival de Teatro de Wuhzen, na China.
DocumentaCena
Uma parte considerável da cobertura de festivais foi feito com a DocumentaCena – Plataforma de Crítica, uma iniciativa de intercâmbio entre críticos, jornalistas e pesquisadores de teatro de diferentes estados do Brasil, reunindo as casas virtuais Horizonte da Cena, Questão de Crítica e Satisfeita, Yolanda?, com participação do TeatroJornal no primeiro ano. As críticas publicadas neste contexto estão no site dessa iniciativa.
No início de 2016, o grupo realizou o Encontro DocumentaCena em BH, com apoio do Galpão Cine Horto, que sediou os encontros. Foi um momento de intercâmbio profissional intenso, grupo de estudo, convívio e planejamento de trabalhos, além de uma promissora reunião com representantes da FUNARTE.
A continuidade desse movimento ficou comprometida com as consequências do golpe contra a Presidenta Dilma Roussef e os descaminhos das políticas públicas do país, que se agravaram seriamente a partir de 2018.
IDIOMAS – Fórum Ibero-Americano de Crítica de Teatro
A DocumentaCena – Plataforma de Crítica realizou em Curitiba, em novembro de 2016, o Idiomas – Fórum Ibero-Americano de Crítica de Teatro, na Caixa Cultural, com curadoria de Daniele Avila Small e Luciana Romagnolli. Em novembro daquele ano, críticos do Brasil, Portugal, Espanha, Uruguai e Argentina conversaram sobre a crítica de teatro na atualidade, com a presença de artistas e público. Todos as palestras e mesas-redondas estão disponíveis no canal do YouTube da DocumentaCena. O Idiomas também contou com a Mostra DocumentaCena, com três espetáculos curitibanos.
Podcast Questão de Crítica
O Podcast Questão de Crítica foi criado em 2016. O projeto enfrentou as dificuldades inerentes a um formato ainda em expansão nas mídias de conteúdo, o que inviabilizou a continuidade da iniciativa por problemas de estrutura e fluxo de colaboradores.
Os episódios realizados estão todos disponíveis. Foram gravadas conversas sobre a programação da MITSp de 2016, sobre festivais internacionais de teatro em um encontro com curadores do FITEI no Chile, e sobre a criação da peça Jacy, do Grupo Carmin, em Natal.
Ainda em 2023, o Podcast Questão de Crítica está sendo reformulado e em breve contará com novos episódios.
Em 2018, o Complexo Duplo e a Questão de Crítica deram início à Complexo Sul – Plataforma de Intercâmbio Internacional, em parceria com o Goethe-Institut. A primeira edição, realizada com apoio do Sesc Rio, teve um caráter de intercâmbio com as outras três plataformas na América do Sul: Panorama Sur (Argentina), Movimiento Sur (Chile) e Experimenta Sur (Colômbia).
Em março de 2019, a Complexo Sul realizou uma parceria com o Beyond The Sud, projeto de intercâmbio de artistas italianos, brasileiros e argentinos, que resultou em uma viagem de dramaturgos brasileiros à Itália (Diego de Angeli e Cecilia Ripoll) e à Argentina (Diogo Liberano) e na montagem de uma peça de Liberano nos dois países.
Em novembro e dezembro de 2020, com patrocínio do Itaú Cultural, do Goethe-Institut Rio de Janeiro e do consulado da Alemanha no Rio de Janeiro, a Complexo Sul realizou uma significativa edição online, com convidados da Argentina, do Chile, da Colômbia, do Líbano e de diferentes cidades do Brasil. A plataforma viabilizou a estreia de projetos inéditos de Tatiana Henrique, do Rio de Janeiro, do Teatro do Concreto, de Brasília, e da Plataforma Àràká, de Salvador, além de uma versão da peça mais recente de Keli Freitas com Alex Pinheiro, do Rio, e uma estreia mundial de Rabih Mroué, artista libanês radicado em Berlim que é uma grande referência na linguagem da palestra-performance. O projeto contou com a cobertura fotográfica de Guto Muniz, que, durante a pandemia, se dedicou a pensar e experimentar a fotografia de cena no ambiente virtual.
A Complexo Sul 2020 ainda ofereceu laboratórios criativos com Andrés Castañeda, do grupo Mapa Teatro da Colômbia, com Felipe Vidal e com Daniele Avila Small, que funcionaram como incubadoras de uma série palestras-performances online. Algumas delas se desdobraram em trabalhos presenciais e estão fazendo temporadas ou circulando por festivais. Os debates e palestras estão disponíveis no canal do Complexo Duplo no YouTube.
Como muitos artistas de teatro, a Questão de Crítica não parou durante a pandemia. Logo diante das primeiras discussões nas redes sociais sobre teatro filmado e teatro online e a rejeição irrefletida a essas possibilidades de acesso aos espetáculos, a revista entrou no debate com a publicação de textos e a participação em debates no YouTube e em lives no Instagram, na tentativa de valorizar o trabalho que estava sendo feito por artistas que se arriscavam em uma linguagem com a qual tinham pouca familiaridade, mas também para movimentar repertórios, produzir conhecimento histórico e ampliar o debate na relação com outras áreas das artes e práticas artísticas interdisciplinares.
Dentre os festivais online, a revista participou da cobertura da segunda edição do PAN – Potência das Artes do Norte e do FESTIVALE.
Ações no YouTube
Além do acervo de materiais formativos produzidos pela revista e disponíveis online desde 2011, a revista tem tentado ocupar o YouTube com ações de reflexão sobre teatro. Embora ainda sem conseguir imprimir o ritmo desejado por conta da falta de recursos, houve algumas tentativas de realizar ações específicas, como a leitura comentada de críticas, crítica em vídeo, entrevistas sobre as trajetórias e pesquisas de artistas, e a série de conversas Escuta Aqui, proposta por Luciana Romagnolli. O projeto de retomada da revista em 2023 terá atenção especial às ações pensadas para esta plataforma.
Parceria com o Foco in Cena
Entre 2020 e 2023, a Questão de Crítica tem feito uma parceria com o site Foco In Cena, que reúne o acervo do fotógrafo de cena Guto Muniz, em um projeto de financiamento recorrente na plataforma Apoia.se, que garantiu que as despesas de manutenção de ambos os sites fossem custeadas nesta época de grave recessão no país. Como recompensa, os assinantes da campanha recebem uma newsletter quinzenal com recomendações de programação cultural (antes online, agora presencial) no Rio e em Belo Horizonte, bem como de atividades e cursos online.
Comemorações, indicações, retrospectivas
Em 2018, quando a Questão de Crítica completou 10 anos de atividades, a revista foi convidada a participar da MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, realizando uma retrospectiva do seu trabalho até então. Participaram da comemoração: Daniel Schenker, Daniele Avila Small, Patrick Pessoa, Paulo Mattos e Renan Ji. Mariana Barcelos e Viviane da Soledade não puderam ir a São Paulo na ocasião.
Em 2021, a Questão de Crítica foi convidada a participar dos 10 anos do TeatroJornal, no projeto BioCrítica, que reuniu diversas iniciativas de crítica para contarem suas histórias, cada uma do seu jeito, em textos publicados no site.
Em 2023, no aniversário de 15 anos, a revista foi indicada ao Prêmio Shell de Teatro pela continuidade do trabalho e pelas ações realizadas durante a pandemia.
Uma afetuosa comemoração foi feita no Espaço Cultural Sérgio Porto, reunindo breves apresentações de artistas, como se fosse um CEP 20.000 da Questão de Crítica. Participaram com cenas e intervenções: Tatiana Henrique e o elenco de Nuang, Cecilia Ripoll e Julia Pastore com um trecho de Pança, Mauricio Lima com Arqueologias do Futuro e na companhia de Maria Lucas representando a plataforma Pandêmica, Lucas Gouvêa e Felipe Vidal com Dois Mundos, Larissa Siqueira com Reencarnação Ao Vivo, a Cia Marginal, com Jaqueline Andrade e Vanu Rodrigues, além de Natasha Corbelino (com texto sobre a curadoria do Midrash feita com Vilma Melo), Adriana Schneider (com o livro Janelas abertas, organizado por ela e Eleonora Fabião), Leandro Fazolla (pelo canal Cadernos Cênicos) e na companhia de Rohan Baruck e Vinicius Baião com o livro Veredas Fluminenses – Pequenas Cenas de Independência.
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