Trilhas da Cena

Zoe, neta de Nelson Mandela, precisa fazer um trabalho de escola sobre seu avô e contar como foi sua infância na aldeia sul-africana Qunu. Conversando com o avô e revolvendo suas memórias, Zoe é transportada através de uma “fenda no espaço-tempo” para 1926, onde ela encontra o menino Rolihlahla, que se desdobra para aproveitar ao máximo a vida entre brincadeiras, obrigações e o aprendizado com os anciões de sua tribo. Quando Rolihlahla começa a frequentar a escola, recebe de sua professora um novo nome, Nelson. Às voltas com um mundo repleto de hábitos e saberes novos, o menino vai enfrentar a perda precoce do pai e a despedida da mãe, que precisa entregá-lo aos cuidados de seu tutor, o Rei Jongintaba. A partir daí, o pequeno Nelson terá que desbravar um mundo desconhecido e pautado pela desigualdade racial.

Como parte de uma pesquisa voltada para os povos africanos e suas incríveis histórias e mitologias, iniciada com o espetáculo Ombela- A Origem das Chuvas do angolano Ondjaki, que obteve sucesso de público, crítica e foi premiado em 9 categorias do Prêmio CBTIJ de Teatro para Crainças e Jovens 2019; Madiba – O Menino Mandela tem a direção de Arlindo Lopes, que reune parte da mesma equipe criativa, extremamente elogiada e premiada, para a concepção do universo africano desse novo desafio. O texto é assinado pela dupla Mariana Jaspe e Ricardo Gomes, os figurinos de Tereza Nabuco, os bonecos de Bruno Dante, máscaras e adereços da artista plástica Carol W, iluminação de Ana Luzia de Simone, fotografia de Renato Mangolin e projeto gráfico de Gilberto Filho. As novas colaborações na equipe são os cenários assinados por Mauro Vicente Ferreira, a direção musical de Wladimir Pinheiro e a direção de movimento com base nas danças africanas de Fernanda Dias.

Na concepção do diretor Arlindo Lopes, a menina Zoe, ao testemunhar a infância do avô e se encontrar com sua ancestralidade, dá início às suas “escrevivências”. Essa escrita de Zoe foi inspirada pelo termo/conceito cunhado pela escritora Conceição Evaristo, a ‘Escrevivência’ – a escrita que nasce do cotidiano, das lembranças, da experiência de vida da própria autora e do seu povo.

 

O espetáculo conta com direção musical, arranjos e música original de Wladimir Pinheiro, coreografias e preparação corporal da especialista em danças africanas pela Ecole dês Sables (Senegal) Fernanda Dias e assistência de direção e preparação em Yoga de Vanessa Pascale. As canções do espetáculo, embaladas pela sonoridade musical da África do Sul, são executadas pela violoncelista Flávia Chagas, a percussionista Geiza Carvalho, o pianista Wladimir Pinheiro e o trompetista Abraão Kimberley, estes dois últimos também atores da montagem.

O artista visual Dante criou, especialmente para o espetáculo, bonecos para representar Nelson Mandela idosoa avó de Mandela e um rebanho de ovelhas, uma vez que Mandela foi também pastor na infância.

 

Os figurinos de Tereza Nabuco, premiada por seu trabalho em ‘Ombela – A Origem das Chuvas’, são todos em preto e branco, em contraponto ao cenário de Mauro Vicente Ferreira, que traz as raízes da árvore Baobá e os tons terrosos que remetem ao ambiente da aldeia. A iluminação de Ana Luzia Molinari de Simoni destaca o contraste com as pinturas do cenário em tinta Corion, que brilham no escuro, e também dá conta da técnica do Teatro de Sombras. O visagismo de Joana Seibel, o design de som de Lucas Campello e o design gráfico de Gilberto Filho completam a ficha criativa.

Equipe

Texto:

Ricardo Gomes

Mariana Jaspe

Direção Artística e Idealização:
Arlindo Lopes


Direção Musical, Arranjos e Música Original:

Wladimir Pinheiro


Coreografias e Preparação Corporal:

Fernanda Dias

 

Assistência de Direção e Preparação em Yoga:

Vanessa Pascale

 

Elenco / Personagem
Abraão Kimberley / Rolihlahla, Mandela Menino 
Sara Hana / Zoe, neta de Mandela 
Wladimir Pinheiro / Nkosi Gadia (pai de Mandela), Rei Jongintaba e Mandela adulto
Tati Christine / Noseki Fanny, mãe de Mandela
Vanessa Pascale / Professora Mdingane, Vó Tituba e Reitor

Musicistas:

Flávia Chagas (violoncelista)

Geiza Carvalho (percussionista)

Wladimir Pinheiro (piano)

Abraão Kimberley (trompete)

 

Figurino: Tereza Nabuco
Cenário: Mauro Vicente Ferreira
Iluminação: Ana Luzia Molinari de Simoni

 

Bonecos: Dante
Visagista: Joana Seibel
Trancista: Bruna Santanna

Design de Som:
 Lucas Campello
Design Gráfico: Gilberto Filho
Fotografia: Renato Mangolin
Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany

 

Direção de Produção: Arlindo Lopes
Coordenação de Produção: Carol Piccoli
Produção Executiva: Carlotta Romanelli e Gilberto Filho

 

Realização: Pássaro Azul Produções Culturais 

Clipping

Fotografia: Rodrigo Lopes

Foto: Rodrigo Lopes

 

ARLINDO LOPES, direção artística e idealização.

 

“Nelson Mandela sempre foi uma das pessoas maisinspiradoras e potentes que passou por essa nossa existência. Síbolo mundial da luta antirracista, seguiu o caminho da resiliência para conquistar a liberdade e igualdade para milhões de pessoas espalhadas pela àfrica do Sul e por esse plantea. Logo após a sua morte, foram publicados diversos livros que contavam a sua história, com destaque para a sua infância em Qunu. Ele mesmo declarou que em sua aldeia viveu os dias mais doces e felizes de sua existência. Li todos esses livros e, claro, me encantei pela riqueza de detalhes que ele utilizava para escrever a sua vida de menino. Encontrei assim um novo projeto do coração mas quis o destino que, antes de chegar ao Menino Mandela, eu encontrasse uma Deusa Menina, que fazia chover e assim, Ombela – A Origem das Chuvas, me apresentou Angola e os Orixás, e me traz agora, cinco anos depois, a chance de concretizar esse projeto tão sonhado sobre o menino Rolihlahla, que também é Mandiba e Nelson Mandela. Agora posso dar continuidade ao meu trabalho com Teatro Infantil, que para mim tem papel fundamental na formação de crianças que se tornarão adultos mais conscientes de nossa diversidade e pluralidade. Através de uma viagem no tempo espiralar, uma menina apaixonada vai iniciar suas escrevivências e se concectar com toda a sabedoria ancestral do povo africano, para compartilhar com o nosso futuro, as crianças, quem foi o encantador menino cercado de personagens fortes que ajudaram a guiar a sua jornada.”

Fotografia: CRISTIAN MACIEL

Foto: Cristian Maciel

 

WLADIMIR PINHEIRO, 

direção musical, arranjos e música original.

 

“Noi foi convite. Foi a vida me exigindo o “sim” mais convicto que pronunciei nos últimos anos. Contar a história de Mandela é uma responsabilidade que faz tremer as pernas e suar as mãos. Criar letras, melodias e sons, fazendo a nossa África com tudo o que a África fez e faz em cada um de nós.

 

A música do espetáculo é festiva quando somos Rolilahla, heroica e esperançosa quando somos Mandiba e ganha mais profundidade quando somos Nelson Mandela. Eu e meus colegas tão queridos empenhamos aqui nossas vozes, saberes, memórias, o canto das nossas mães e avós, e, pra nós, nada há de mais valioso. É a nossa África que tem Rio, Minas, Jongo e Afropop. Nossa música busca ser um retorno. Sonho e Desejo de nos conectarmos com aqueles que, há milênios, nos abrem portas e caminhos. Ouçam o que a nossa gente diz.”

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