Trilhas da Cena

REI LEAR

de William Shakespeare

com Raul Cortez (SP)

Direção: Ron Daniels

Estreia: 2000

Atualizada em 09/10/2023

Trechos de uma

Carta a uma Amiga…

 

Nosso ponto de partida foi o texto.

 

A peça é maravilhosa. Precisávamos de uma versão inteiramente nossa acessível, que nos permitisse compartilhar da vida dos personagens, de seus relacionamentos e conflitos, de sua grandeza e mesquinhez sem embolação ou dificuldades de compreensão.

 

Precisávamos mesmo fazer de conta (como sempre!) que nosso autor acaba de escrever esta sua obra-prima, que REI LEAR nunca antes foi montada e, mais do que isso, que ela foi escrita em português, para ser falada por atores brasileiros e ouvida por uma platéia brasileira com gozo e prazer.

 

Segundo John Barton, uma das maiores autoridades no assunto (e um dos grandes encenadores da Royal Shakespeare Company) o famoso “pentâmetro iâmbico”, o verso shakesperiano de dez silabas, é a maneira natural de falar inglês!

Vamos procurar essa naturalidade na nossa versão para que Shakespeare possa falar diretamente aos nossos corações.

 

Façamos de conta que Shakespeare é brasileiro. E assim talvez possamos perceber o que ele, na sua compreensão, tem a dizer sobre nós mesmos e nossa humanidade. Mas não vamos “localizar” o REI LEAR especificamente no Brasil ou mesmo em algum período histórico determinado. Não trata disso. A encenação deverá ser mais abstrata. Universal, mas percebida através da imaginação brasileira.

 

Ela terá quatro movimentos: a civilização, bela e orgulhosa; a tempestade que traz o caos e que revela o homem em toda a sua nudez; o pós-tempestade, quando a ordem desaparece e a loucura está desenfreada, e finalmente o período da guerra e a restauração. Os velhos agora estão mortos. É a hora dos jovens: cabe a eles criar um mundo novo, através da compaixão e do carinho aprendidos no desamparo e no sofrimento.

 

Onde está a verdade? Perguntam os personagens desta peça. Quem somos e como podemos nos conhecer, se tanto nos ocultamos de nós mesmos? E como podemos enxergar se nossos olhos parecem sempre nos enganar?

Vamos então, como diz Edgar, como peregrinos numa longa caminhada e que Shakespeare nos conduza ao encontro da verdade de nós mesmos e de um ao outro.

 

RON DANIELS

Programa do espetáculo

Equipe

Texto

William Shakespeare

Direção, Tradução e Adaptação

Ron Daniels

Elenco

Raul Cortez / Rei Lear

Lu Grimaldi / Goneril

Ligia Cortez / Regana

Bianca Castanho / Cordélia

Gilberto Gawronski / Bobo

Mario Cezar Camargo / Gloster

Luiz Guilherme / Kent

Caco Ciocler / Edgar

Rogério Bandeira / Edmundo

Leonardo Franco / Duque de Cornuália

Mário Borges / Duque de Albânia

Bartholomeu de Haro / Oswaldo

Cesar Figueiredo / Exército

Daniel Costa / Exército

Flávio Rocha / Exército

Francisco Landim / Exército

João Paulo Lorenzon / Exército

Júlio Rocha / Exército

Kiko Bertholini / Exército

Leonardo de Miranda / Exército

Milton Morales / Exército

Nicolas Trevijano / Exército

Pedro Henrique Moutinho / Exército

Pitta de Souza / Exército

Raoni Carneiro / Exército

Direção (assistente)

Ruy Cortez

Cenografia e figurinos

J. C. Serroni

Cenografia (assistente)

Marília Silveira

Assistentes de figurinos

Simone Mina

Telumi Helen

Produção executiva/Figurinos

Laura Carone

Aderecistas

Márcio Vinícius e Alfredo Gomes

Iluminação

Domingos Quintiliano

Sonoplastia

Raul Teixeira

Operador de som

Ricardo Bueno

Operador de luz

Fábio Retti

Coreografia de luta

Ariela Goldman

Preparação corporal

Neide Neves

Coach Actor

Renato Dobal

Cantigas Bobo

Walter Garcia

Projeto gráfico

Carlos Perrone e Ana Basaglia

Visagismo

Westerley Dornelas

Assistente de visagismo

Marcos Ribeira

Fotografia programa

Vânia Toledo e Juliano Toledo

Fotografia de cena

João Caldas

Assessoria de Imprensa

Idéias & Ideais

Contrarregra

Nil Campos

Direção de cena

Alexandre Torres

Maquinistas

Florival Martins e Valter de Miranda

Camareiras

Maria de Lourdes Silva, Ruth Aprígio e Sônia Maria Caetano

Produção executiva

Rosangela Longhi

Administração

Flandia Mattar

Direção de produção

João Federici

Realização

RAUL CORTEZ Promoções Culturais

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