Trilhas da Cena

TEMPESTADE

Direção: Aluizio Abranches (RJ)

Duração: 90 min

Estreia: 2023

Atualizada em 18/03/2024

Foto: Renato Mangolin

A peça conta a história de um acerto de contas entre Próspera, Duquesa de Milão, e seu irmão Antônio. No passado, a Duquesa foi traída por ele, que, aproveitando-se do momento em que ela dedicava seu tempo aos cuidados da filha Miranda, recém-nascida, engendra um golpe de estado, com o apoio de Alonso, o Rei de Nápoles, lhe roubando o ducado, o que obriga Próspera a fugir com sua filha para evitar um destino cruel. Sem rumo certo, as duas acabam chegando em uma ilha habitada por seres mágicos. Nessa ilha, Próspera aprofunda seus conhecimentos nas artes da magia, enquanto Miranda cresce livre, em segurança, longe do “mundo civilizado”. Passados alguns anos, Próspera, usando seus poderes mágicos, provoca uma grande tempestade e atrai para essa ilha seus inimigos. Auxiliada pelos espíritos mágicos que lá habitam, a Duquesa de Milão, entre sustos e encantamentos, pode finalmente acertar as contas com os usurpadores, Antônio e o Rei Alonso. Esta adaptação propõe uma reflexão sobre a alma feminina, a condição da mulher dentro das sociedades patriarcais, o amor, a espiritualidade e a vida.

Foto: Renato Mangolin

MONTAGEM INSPIRADA NA OBRA “A TEMPESTADE” DE WILLIAM SHAKESPEARE. 

 

Assinada por Aluizio Abranches e Fernando São Thiago, a adaptação reconta a história original trocando o gênero do personagem protagonista. Uma das mais emblemáticas criações Shakespeareana, Próspero, nesta versão, é Próspera, com atuação de Julia Lemmertz. Ainda no elenco:  Ariane Souza, Augusto Trainotti, Luiza Lemmertz e Luiza Loroza. A montagem conta com a direção de Aluizio Abranches e Codireção de Fernando São Thiago.

 

Na peça original, ao lidar com temas como poder, patriarcado, gênero e etnia, Shakespeare acaba levantando discussões e reflexões importantes e necessárias nos dias de hoje. Para os adaptadores, não há desequilíbrio de gênero tão radical em nenhuma outra peça do autor, e, como resposta ao texto original, criaram esta adaptação, que pretende conduzir a história a partir de um recorte focado no feminino. Ao trocar o gênero do protagonista e recontar a história pelo ponto de vista de uma mulher, esta nova versão da peça propõe, através de sua Próspera, um contraponto à figura masculina e patriarcal incorporada pelo Próspero original. E para encorpar ainda mais a discussão de gênero, as personagens femininas invisibilizadas na peça original ganharão vida e voz. Nessa adaptação, a bruxa Sycorax e a Princesa Claribel, que no texto original são apenas mencionadas pelos personagens masculinos, ganham corpo e voz nas atuações de Ariane Souza e Luiza Loroza, respectivamente.

Próspera é uma duquesa que, como toda mulher com autonomia sobre si mesma, despertou em alguns homens suas faces perversas. Sofreu um golpe do próprio irmão justamente quando precisou se afastar de seu ducado para cuidar de sua filha recém-nascida, Miranda. Para fugir de um destino cruel, mãe e filha são forçadas ao exílio em uma ilha mágica, onde aprendem os poderes da floresta, em uma metáfora ao resgate da alma feminina. Julia Lemmertz e Luiza Lemmertz, mãe e filha na vida real, atuam juntas pela primeira vez no teatro, interpretando mãe (Próspera) e filha (Miranda) na ficção.

 

Shakespeare escreveu “A Tempestade” durante um período em que mulheres eram identificadas como bruxas, num sentido pejorativo da palavra, e foram duramente perseguidas. Vem de muito longe a opressão imposta ao gênero feminino, reservando às mulheres lugares subalternos e inferiorizados em diversas culturas e sociedades. Nesta versão da peça, as “bruxas” estão no centro da cena, agora com outros contornos e sentidos, representando o universo de mulheres que, ao longo da história da humanidade, tentaram destruir.

A adaptação de Aluizio Abranches e Fernando São Thiago é uma homenagem ao teatro e a arte. A dupla aposta em recursos cênicos muito usados pelo autor inglês em suas obras, como a peça dentro da peça e a troca de papeis com função dramática. Nessa versão, ao contrário do que acontecia na época de Shakespeare, o elenco é majoritariamente feminino, e, assim, o jogo de troca de papeis ganha um novo tempero, propondo principalmente a construção do masculino partindo de uma visão feminina, uma vez que assistimos as atrizes em cena atuando como os homens da peça.

Foto: Renato Mangolin
Foto: Renato Mangolin

Equipe

Adaptação: 

ALUIZIO ABRANCHES e FERNANDO SÃO THIAGO

 

Direção: 

ALUIZIO ABRANCHES

 

Codireção: 

FERNANDO SÃO THIAGO

 

Elenco: 

JULIA LEMMERTZ, ARIANE SOUZA, AUGUSTO TRAINOTTI,

LUIZA LOROZA E LUIZA LEMMERTZ

 

Direção de arte:  RONALD TEIXEIRA
Direção Musical:  
ANDRE ABUJAMRA
Direção de movimento: 
AMÁLIA LIMA e RAQUEL KARRO
Preparação vocal: 
ROSE GONÇALVES
Iluminação: 
ANA LUZIA MOLINARI DE SIMONE

 

Design gráfico: LUIZA CHAMMA
Fotografia:
RENATO MANGOLIN
Assessoria de Imprensa:  
FACTÓRIA – VANESSA CARDOSO
Direção de
Produção:  DADÁ MAIA

 

Uma produção: 

HARE FILMES PRODUÇÕES LTDA

Vídeos

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